Ventura considera que protocolo vai aumentar imigração "desnecessária"

O presidente do Chega criticou hoje o Protocolo de Cooperação para a Migração Laboral Regulada, assinado entre Governo e confederações patronais, considerando que vai permitir "mais imigração desnecessária e clandestina", além de "máfias" e contratos de trabalho fictícios.

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Lusa
01/04/2025 17:31 ‧ ontem por Lusa

Política

Chega!

"O plano do Governo vai-nos trazer mais imigração desnecessária e clandestina, vai-nos trazer mais máfias que vão controlar essa imigração e fazer contratos fictícios, e vamos ter mais juntas de freguesia, como as que temos em Lisboa e no Porto, em que 30, 40, 50 e 60 pessoas vivem na mesma fração", defendeu.

 

André Ventura intervinha numa iniciativa partidária, na Assembleia da República, destinada a responder a perguntas colocadas por jovens. Contudo, apenas a intervenção inicial, de cerca de 30 minutos, foi aberta à comunicação social.

"Não é preciso andar aqui em Lisboa, basta ir a qualquer parte do país e nós vemos a verdadeira invasão que está a acontecer, sem controlo, sem regras, sem nenhum suporte, e o que é que o Governo do PSD quer fazer? Facilitar e criar uma via verde para a imigração", afirmou.

O presidente do Chega aproveitou a ocasião para criticar o Protocolo de Cooperação para a Migração Laboral Regulada hoje assinado, que segundo o primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai permitir regras "mais ágeis, mas também mais humanistas".

Segundo o protocolo, a que a Lusa teve acesso, a atribuição de vistos "deverá ocorrer no prazo de 20 dias a partir do dia do atendimento do requerente no posto consular" e desde que cumpridos os requisitos legais previstos, nomeadamente a existência de um contrato de trabalho, seguro de saúde e de viagem, entre outros.

André Ventura defendeu que Portugal não precisa "de um Governo frouxo em matéria de imigração", mas sim de "um Governo duro e firme em matéria de imigração, capaz de controlar a imigração", e lembrou que o partido defende a definição de quotas para a entrada de estrangeiros no país.

Ventura considerou que o primeiro-ministro "deu razão" ao seu partido no que toca às políticas de imigração mas, apesar de querer falar para os eleitores do Chega, quis fazer apenas "alguma coisinha".

O líder do Chega reiterou que o partido vai voltar a defender na próxima legislatura que os imigrantes que cometam crimes não possam continuar em Portugal depois de cumprirem pena de prisão.

Na sua intervenção, André Ventura fez um apelo ao voto dos jovens nas eleições de 18 de maio.

"Alguns dizem 'estão a ver como ele é perigoso'. Eu digo, 'não, ele não é perigoso, ele faz o que tem de ser feito para limpar Portugal'", sustentou. 

Referindo que as sondagens têm projetado que "haverá uma maioria entre Chega e PSD", considerou que se avizinha "um novo ciclo dramático, como em março do ano passado".

"Mas que nos deve levar a manter firmes naquilo em que acreditamos. Nós nunca teremos um governo de mudança para os jovens, para a futura geração, se não conseguirmos ultrapassar AD nas eleições, enquanto ficarmos secundarizados", afirmou.

Ventura sustentou que o PSD é igual ao PS e não quer "fazer mudança nenhuma na habitação, na imigração, na segurança, no emprego" e indicou que não tem "outra hipótese se não ganhar" as próximas legislativas e "conquistar a liderança do espaço político do centro-direita e da direita", objetivo que já tinha traçado.

[Notícia atualizada às 18h12]

Leia Também: Como funciona o protocolo para a migração regulada? O que muda?

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