"No exercício do instituído pelo estatuto dos eleitos locais, comuniquei ao partido político pelo qual foi eleita em 2021 a minha desvinculação no dia 09 de abril de 2025", referiu a vereadora Ana Rita Silva, numa informação enviada à agência Lusa.
A vereadora explicou que, "depois de um longo processo interno no PSD de escolha e decisão sobre o candidato às próximas eleições autárquicas", para o qual manifestou a sua disponibilidade "num cenário de coligação AD (PSD e CDS)", a concelhia e a distrital do PSD entenderam fazer "a sua escolha tendo por base os critérios que legitimamente ponderaram".
"Na fundamentação em que sempre procuro sustentar as minhas opiniões considerei que não me revejo na valoração política que foi feita pelo PSD", declarou.
Na informação, Ana Rita Silva adiantou que "os valores da transparência, verticalidade, lealdade são fundamentais na construção de uma comunidade mais coesa e solidária".
"E, assim sendo, por coerência de atitude da minha parte, de quem nunca fez parte de estruturas das juventudes partidárias, que encara a política como serviço de missão à comunidade e não como carreirismo estratégico, de uma forma livre, na responsabilidade da independência como valor de garante da defesa dos interesses dos munícipes e do bem comum, tomei a decisão com a serenidade de quem esteve sempre ao serviço, com entrega, empenho e cuidado", acrescentou.
À Lusa, a vereadora explicou que integrou, na qualidade de independente, a lista social-democrata que concorreu às autárquicas de 2021, sendo que no processo relativo ao próximo sufrágio, previsto para setembro ou outubro, o PSD questionou-a "se estava disponível para ser candidata".
"Eu respondi que estava disponível na qualidade de independente para continuar a colaborar com o PSD. Tomaram a decisão de escolher André Sousa, legitimamente, e eu, respeitando a decisão, decidi retirar-me", disse.
A vereadora assumiu ter ficado desapontada com a decisão do PSD a partir do momento em que foi avaliada a possibilidade de ser candidata e de não ter sido escolhida.
Questionada se vai ser candidata por outro partido, Ana Rita Silva respondeu não saber.
O movimento independente Batalha é de Todos lidera a Câmara da Batalha, que conquistou ao PSD nas últimas eleições autárquicas, em 2021, ao ganhar quatro dos sete mandatos. Os sociais-democratas têm os restantes.
O PSD vai candidatar à Câmara da Batalha nas próximas eleições autárquicas o economista André Sousa, de 31 anos, presidente da concelhia social-democrata, enquanto o Chega tem como cabeça de lista o empresário Joel Esperança.
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