"Nós amanhã, a partir das 15 horas, estaremos todos no Martim Moniz, para uma festa da família portuguesa, para uma celebração da portugalidade, mas sobretudo para uma demonstração de civilidade e de irmandade", afirma o ex-juiz, num vídeo publicado pelas 14h00 em canais públicos do Ergue-te e que está ser partilhado por movimentos de extrema-direita, como o 1143.
Na mensagem, o líder do Ergue-te, anterior Partido Nacional Renovador (PNR), defende que, por se tratar de "um evento organizado por um partido político" inserido na campanha para as eleições de 18 de maio, "não pode ser proibido".
Rui Fonseca e Castro acrescenta que, nesse âmbito, o partido já pediu "um parecer à Comissão Nacional de Eleições" e que esta permitiu a realização do evento como "se encontra configurado".
"A Polícia deve assegurar a presença do efetivo adequado, mas da nossa parte podem ter a certeza de que não haverá qualquer problema", assegura, no vídeo visualizado pela Lusa, o ex-juiz, anterior líder do movimento negacionista Habeas Corpus.
A Lusa tentou contactar a Comissão Nacional de Eleições, o que não foi possível até ao momento.
A PSP deu hoje parecer negativo à realização da concentração no Martim Moniz - agendada pelo Ergue-te e pelo Habeas Corpus e apoiada pelo 1143, liderado por Mário Machado.
Em comunicado, a força de segurança justifica a decisão, comunicada à Câmara Municipal de Lisboa (CML), com a realização de "manifestações/concentrações para a mesma hora e área geográfica" com "desígnios e posicionamentos ideológicos distintos e antagónicos" e a necessidade de "garantir a ordem e tranquilidade públicas".
Questionada pela Lusa, fonte oficial da autarquia liderada por Carlos Moedas disse hoje que, "como sempre acontece nestas situações", a CML "irá seguir a recomendação e a avaliação da PSP, que considerou não estarem reunidas as condições de segurança e que as iniciativas referidas 'colocam em causa a ordem e tranquilidade públicas'".
Leia Também: Câmara de Lisboa segue "recomendação" da PSP para o Martim Moniz