O presidente do PSD, Luís Montenegro, agradeceu hoje a Cavaco Silva "a lucidez e o discernimento da sua análise política", depois de o antigo Presidente de República ter defendido que o primeiro-ministro foi alvo de uma "campanha de suspeitas e insinuações" da oposição e de "alguma comunicação social".
"Queria agradecer as palavras que me foram dirigidas diretamente pelo professor Cavaco Silva e, sobretudo, mais uma vez, a lucidez e o discernimento da sua análise política na sua partilha de opinião com os portugueses", afirmou Luís Montenegro aos jornalistas no final do debate nas rádios.
Questionado sobre este apoio, o líder do PSD garantiu que o partido está "empenhado em estar com todos os portugueses", mas também com todos os líderes sociais-democratas que lhe antecederam.
Recordando que o PSD assinala amanhã 50 anos, Luís Montenegro disse que as comemorações vão reunir vários dos seus antecessores, "incluindo Cavaco Silva".
"Nós temos um partido unido, coeso, que está hoje muito empenhado em fazer com que Portugal não pare, em fazer com que todo este esforço de recuperação das condições de vida, da qualidade de vida e do bem-estar dos portugueses possa prosseguir", assegurou.
Num artigo de opinião publicado no jornal 'online' Observador, Cavaco Silva reiterou a defesa da postura ética e moral do primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, assim como da sua superioridade técnica e política relativamente aos outros líderes partidários e estabeleceu um paralelismo entre a moção de confiança chumbada pelo parlamento e a que ele próprio também apresentou, mas que foi aprovada em 1986.
"Da campanha de suspeições e insinuações movida por partidos da oposição e por alguma comunicação social contra a pessoa do primeiro-ministro - campanha mais confusa e desinformativa do que esclarecedora - e, em boa parte, centrada na devassa da sua vida privada, não inferi que Luís Montenegro tenha violado quaisquer princípios éticos ou cometido ilegalidades", sustentou Cavaco Silva.
Leia Também: Montenegro? "Não fica atrás de nenhum na dimensão ética da vida política"