Volt defende cobrança de impostos a nível europeu

O co-presidente do Volt Duarte Costa defendeu hoje a cobrança de impostos a nível europeu e disse que o modelo de investimento em defesa é "ineficiente", referindo que é necessário investir na "especialização das Forças Armadas" de cada país.

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Lusa
09/05/2025 18:38 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Legislativas

Segundo o também cabeça de lista do Volt por Lisboa, "o grande elefante na sala" é a Europa, dado que o parlamento "não fala a sério dos temas da Europa, que são fundamentais para Portugal", denunciou, em declarações aos jornalistas, durante uma ação de campanha em frente à Assembleia da República - por ocasião do Dia da Europa que se assinala hoje -, onde o partido colocou um elefante insuflável.

 

O partido defende, por isso, a criação de um Ministério das Finanças Europeu, que permita ir "buscar financiamento próprio para a União Europeia", nomeadamente através "das grandes multinacionais".

"É um caminho progressivo", mas é preciso "ter formas de cobrar impostos a nível europeu", que permitam que "as grandes multinacionais, em particular as tecnológicas digitais, paguem a sua fatia justa de impostos", o que permitiria "à União Europeia ter recursos próprios para as grandes necessidades de investimento", como é o caso da transição digital e climática ou de infraestruturas, explicou.

O co-presidente do Volt considera ainda que o atual "modelo de investimento em defesa é ineficiente", dado que depende dos orçamentos nacionais e que "não há coragem" para "reformar os tratados da União Europeia".

O Volt defende a criação de um Exército Europeu, que invista "em escala" na especialização das Forças Armadas em cada país", sendo que este exército seria funcionaria "dentro da NATO" e "sem desviar fundos importantes [provenientes] de investimentos nacionais, como a educação, a saúde e a habitação".

"Ter umas Forças Armadas Europeias dentro da NATO é puxar a NATO mais pelos interesses europeus e não usar a NATO completamente dependente dos Estados Unidos. Isto é do nosso interesse e significa também termos uma voz mais ativa na mediação e na prevenção de conflitos armados", sustentou Duarte Costa, em declarações aos jornalistas, na ação que juntou cabeças de lista de alguns círculos eleitorais por onde concorre o partido como Setúbal, Porto ou Évora.

Questionado sobre como poderiam receber as Forças Armadas portuguesas esta proposta, o co-presidente respondeu: "tenho a certeza de que quem está dedicado à defesa e à inovação das Forças Armadas em Portugal, teria muito entusiasmo em integrar umas Forças Armadas com muito mais capacidade tecnológica, de investimento, de especialização e de mobilização em caso de necessidade".

Sobre a Palestina, Duarte Costa assegura que o partido tem "uma posição muito clara", referindo ser a favor "da defesa dos direitos humanos" e do direito internacional, pelo que insta a União Europeia a ser "corajosa" e lembra que "há mandatos de captura do Tribunal Penal Internacional que são para cumprir".

O Volt vai concorrer a 20 dos 22 círculos eleitorais nas eleições de 18 de maio, sendo que nas eleições legislativas de 2024 obteve 0,18%, com 11.854 votos.

Leia Também: Volt alerta para crise nas urgências e defende "medidas de crise"

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