De mota, Ventura tem de ir no pendura, mas quer conduzir destinos do país

O líder do Chega chegou hoje ao almoço-comício em Castelo Branco de mota, no lugar do pendura, afirmou que o partido quer vencer as eleições de dia 18 e conduzir os destinos do país.

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© Reprodução X/ André Ventura

Lusa
11/05/2025 15:26 ‧ ontem por Lusa

Política

Legislativas

No oitavo dia de campanha, a caravana do Chega rumou a Castelo Branco, para um almoço-comício ao ar livre, debaixo de um sol radiante. No menu, sandes de porco no espeto.

 

André Ventura chegou de mota mas no lugar do pendura, de capacete e blusão adequados para o efeito. Por baixo, camisa e calças de fato.

A conduzir a mota, uma Yamaha FJR1300, vinha o cabeça de lista por Castelo Branco, e deputado, João Ribeiro.

O líder do Chega explicou que não poderia ser ele a conduzir porque não tem carta de mota, e quer "cumprir as regras". Já no que toca aos destinos do país, quer ir ao volante.

À chegada ao campo da feira da Quinta Pires Marques, o líder do Chega foi recebido com euforia pelos apoiantes que o esperavam há cerca de uma hora.

"Vamos ganhar esta viagem", disse uma mulher, fazendo votos de que no dia 18 de maio o Chega consiga uma "maioria absoluta".

No sábado, também o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, conduziu uma mota entre duas ações de campanha.

André Ventura salientou que é um líder partidário que "cumpre sempre as regras", enquanto "há outro que se habituou toda a vida a não cumprir".

E acusando o PS de ter "traído" os condutores e de lhes mentir, alegando que "foi o seu governo que quis aumentar os impostos sobre motas e sobre carros", referindo-se ao Imposto Único de Circulação (IUC).

"Pedro Nuno Santos teve uma má ideia quando quis aumentar os impostos sobre as motas. E era importante que hoje, por isso é que eu estou assim, para me associar a eles, que eles não se esquecessem que houve um partido que protestou contra o aumento de impostos das motas e dos carros, que protestou contra a burocracia nas motas e houve aqueles que os traíram e que agora querem o seu voto", defendeu. 

Questionado se se inspirou na ideia de Pedro Nuno Santos, André Ventura recusou.

"No dia em que eu fizesse isso, era o maior corrupto deste país", afirmou.

Na ocasião, o presidente do Chega não quis comentar o facto de o líder da IL ter dito que foi desafiado pela "direção e lideranças" do PSD para uma coligação pré-eleitoral nestas legislativas.

Questionado se houve contactos também com o Chega, André Ventura respondeu que o seu objetivo é "vencer as eleições" e não "fazer contactos".

"O Chega não quer conversa, quer ação", afirmou.

André Ventura voltou a defender que só haverá "estabilidade se o Chega vencer as eleições à direita".

"Se a AD vencer novamente como venceu em março, nós teremos o mesmo regime que tivemos até aqui: instabilidade, corrupção, falta de transparência, queda de governo. Se ganhar o PS, nós vamos ter o mesmo que tivemos nos últimos oito anos: corrupção, falta de transparência, imigração descontrolada", defendeu.

O líder do Chega considerou que uma vitória do seu partido nestas eleições legislativas poderá "obrigar uma reconfiguração da direita e dar maioria a um governo de quatro anos".

 "É a única hipótese. Por isso volto a apelar a todos, hoje, saiam de casa, votem", pediu, em dia de voto antecipado, manifestando uma esperança: "Espero eu que votem no Chega".

Antes de André Ventura chega ao local, alguns elementos da comunidade cigana observavam ao longe o ajuntamento de apoiantes do Chega e um deles, que foi identificado pela polícia, ia gritando "racistas". Quando apoiantes do Chega interpelaram estas pessoas, alguns dos vários elementos da PSP que estavam no local intervieram, para evitar que os ânimos aquecessem.

Um dos ciganos, José Gomes, disse aos jornalistas que tinha ido ao local por "vontade própria" para "retirar os colegas", argumentando que estas manifestações beneficiam o líder do Chega e são "o que ele quer", porque levam a que seja percecionado "como a vítima".

Leia Também: AO MINUTO: Afluência de 26% em Lisboa; PSD "desafiou" IL para coligação

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