IL diz ter sido desafiada por direção do PSD para coligação pré-eleitoral

O presidente da IL, Rui Rocha, disse este domingo ter sido desafiado pela "direção e lideranças" do PSD para uma coligação pré-eleitoral nestas legislativas, mas recusou porque não é um "partido apêndice".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
11/05/2025 13:38 ‧ ontem por Lusa

Política

Legislativas

"Quando soubemos que a legislatura ia acabar, que a moção de confiança não ia ser aprovada, tivemos enormes manifestações de desejo que a IL se integrasse noutro tipo de plataforma", afirmou Rui Rocha em declarações aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola no concelho do Cartaxo, distrito de Santarém.

 

O líder da IL disse não estar a falar "forças vivas", numa alusão a declarações do presidente do Chega, André Ventura, nas últimas legislativas, mas de "coisas concretas".

"E a IL disse que o seu compromisso é com os portugueses, porque, na altura, a interpretação que fizemos é que o país só muda com uma IL que se apresenta a eleições e sai reforçada dessas eleições para, depois, podermos puxar o país para as soluções", disse.

Interrogado sobre quem, dentro do PSD, é que manifestou essa vontade de coligação pré-eleitoral com a IL, uma vez que não foram "forças vivas", Rui Rocha respondeu: "Quem tem a capacidade e a possibilidade de liderar a direção e as lideranças".

Foram "as lideranças do PSD e tenho a certeza que não dirão o contrário, que confirmarão", referiu.

O líder da IL foi ainda questionado sobre as declarações do presidente do CDS-PP, Nuno Melo, que, este sábado, disse que a coligação do seu partido é com "o PSD, não é com mais ninguém".

Rui Rocha disse sentir que os portugueses "desejam uma IL forte para mudar o país", razão pela qual o partido decidiu ir sozinho a eleições, apesar de reiterar que houve "muito quem quisesse" que se integrasse "noutro tipo de solução".

"Nós dissemos aos portugueses que podem contar com a IL para mudar o país e isso só fazia sentido, só era consequente, indo sozinhos. Agora, nós não somos um partido apêndice, temos as nossas ideias, temos programas concretos para Portugal, soluções para a habitação, saúde, agricultura", disse.

Questionado sobre declarações do presidente do PSD que, esta manhã, num jogo de vólei de praia em Espinho, admitiu que faria boa dupla com Rui Rocha, o líder da IL disse querer fazer "uma boa dupla com os portugueses".

O líder da IL falava aos jornalistas durante uma visita a uma exploração agrícola em que ouviu queixas do proprietário, Bernardo Campino, designadamente no que se refere ao facto de haver falta de estratégia para o armazenamento da água em Portugal, o excesso de burocracia ou a falta de mão obra para a agricultura.

Numa exploração onde estão neste momento a ser plantados tomates, Bernardo Campino disse que 60% da mão-de-obra que emprega é imigrante -- do Paquistão, Índia e Brasil --, frisando que a sobrevivência do setor fica em causa se não houver imigração.

"Tem de haver uma gestão inteligente da imigração, ou seja, tem de haver uma ligação entre as necessidades da economia e a entrada de pessoas", respondeu Rui Rocha, com Bernardo Campino a contrapor que é também necessário criar mais incentivos para que os jovens queiram ter uma carreira na agricultura.

Aos jornalistas, Rui Rocha considerou que os planos da AD para a agricultura "são insuficientes e não asseguram as necessidades do país", defendendo que é necessário haver uma estratégia de armazenamento da água e combater a burocracia.

[Notícia atualizada às 14h17]

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