"Eu acho que qualquer democrata não pode ficar satisfeito com a noite eleitoral hoje. Este é um momento particularmente triste para Portugal, para a democracia. O crescimento dos extremismos, do populismo e da extrema-direita em Portugal é um momento que me deixa particularmente preocupada", começou por responder aos jornalistas à chegada do 'quartel-general' do PS para esta noite eleitoral.
Segundo a eurodeputada do PS, os socialistas obtiveram "um mau resultado", mas "estão em conjunto nos bons e nos maus momentos".
"É o momento do PS fazer uma reflexão profunda", defendeu Ana Catarina Mendes, para quem essa reflexão deve ser feita por "todos os democratas".
Ana Catarina Mendes considera que, a partir de segunda-feira, se vão desenhar quais são as condições de governabilidade: "Que país nós vamos querer, que políticas vamos ter e que retrocessos vamos assistir nos próximos anos", afirmou.
Questionada sobre se o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, tem condições para continuar à frente do partido, respondeu que "tudo tem o seu momento e, neste momento, o que é preciso é olhar para os resultados eleitorais e, dentro dos órgãos próprios do Partido Socialista, fazer as reflexões que têm que ser feitas".
Lembrou ainda que o PS, daqui a uns meses, tem um novo desafio que são as eleições autárquicas.
"Aquilo que eu estou a dizer é que acho que hoje e a partir de amanhã [segunda-feira] é um momento do Partido Socialista fazer uma reflexão profunda sobre o caminho que tem que seguir, sobre aquilo que tem que ser feito, não deixar cair o resultado, aquilo que são as nossas forças ainda nas autarquias, no poder autárquico", referiu.
[Notícia atualizada às 00h04]
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