Ventura vê as próximas autárquicas como "prova de fogo" para o Chega

O presidente do Chega, André Ventura, afirmou esta noite que as próximas autárquicas serão uma "prova de fogo" e que o partido tem a "obrigação de ganhar" em várias autarquias e freguesias.

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© ANDRE DIAS NOBRE/AFP via Getty Images

Lusa
31/05/2025 07:16 ‧ há 2 dias por Lusa

Política

Chega

Num discurso aberto à comunicação social que encerrou os trabalhos do XX Conselho Nacional do Chega, na Moita, Setúbal, André Ventura afirmou que a "onda que varreu o país nas últimas legislativas tem que ser a onda que vai varrer o país nas próximas autárquicas" com a "vitória do Chega" em várias autarquias.

 

Ventura insistiu que o seu partido vai vencer legislativas no futuro, mas antes terá que passar pelas eleições autárquicas - que caracterizou como uma "prova de fogo à portuguesa" - nas quais o Chega tem a "obrigação de ganhar em tantas câmaras e juntas", embora sublinhe que "não é o número" de vitórias autárquicas que importa.

"Quando começarmos a ganhar e a ver cair no Algarve, no Alentejo, em Lisboa, no Porto, em Braga, na Madeira, nos Açores, em Bragança, em Leiria, em Viseu. Quando começarmos a ver 'Chega venceu esta câmara, Chega venceu aquela câmara, Chega venceu esta junta, chega venceu aquela junta' (...) será para trabalhar, para mostrar uma coisa diferente ao país ", acrescentou.

Sobre o que tem apelidado de um "governo-sombra", André Ventura referiu que os membros desse conjunto "não serão todos do Chega" e que serão "os melhores" mesmo que "tenham dito mal" do Chega ou de si.

O líder do Chega afirmou que esta escolha revela a "superioridade de um partido que mete o interesse nacional acima do seu pequeno interesse partidário", acrescentando que "na curva da história tem que ser só e só por Portugal".

"É a nossa hora. Estamos, como diziam os antigos, mesmo às portas da cidade. Eles já ouvem os tambores. Cá fora ergue-se e junta-se uma multidão de homens e mulheres prontos a entrar na cidade ao primeiro sinal. Não se juntam com violência, não se juntam com ressentimento nem com sede de vingança. (...) Juntam-se porque agora já não têm as amarras de ninguém. Juntam-se porque se sentem livres pela primeira vez", acrescentou.

Ventura disse que a vontade de "triunfar" não é "nenhuma obsessão" nem um "desígnio providencial", mas sim a "vontade trabalhada de todos os dias com uma fúria enorme de querer corresponder e que gostava de ver transformada no partido nos próximos tempos".

Em relação ao resultado das legislativas de 18 de maio, Ventura disse que "o que aconteceu em Portugal não é comparável a nenhum outro país da Europa" e do mundo, e rejeitou que não houve nenhuma "brasileirização" nem "americanização" da política portuguesa e que isso seria "menorizar o que está a acontecer" no país.

"Ninguém saiu de casa para votar no dia 18 ou no dia 28 a pensar no Brasil, na América ou na Europa. As pessoas que saíram de casa no dia 18 e que nos deram o resultado do dia 28 disseram isto: o povo português não precisa de lições de ninguém. Acordou por si, vencerá por si e transformará por si a vontade da Europa e do mundo. Nunca precisamos de ninguém. Nunca precisamos do exemplo de ninguém", atirou.

O presidente do Chega agradeceu ainda o apoio dos "parceiros europeus" do Chega e disse que chegou a hora de o país deixar de ser um "recetáculo do que aconteceu no mundo" e passar a ser "o farol da Europa e do mundo".

Leia Também: Montenegro "dá ideia de um homem amarrado aos interesses habituais"

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