O deputado estreante Ricardo Lopes Reis, que em outubro do ano passado gerou controvérsia enquanto assessor parlamentar do Chega, depois de celebrar a morte de Odair Moniz, homem que morreu baleado por um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) na Cova da Moura, disse que conversou com André Ventura sobre o assunto, que está já resolvido.
Em declarações à agência Lusa, a partir da Assembleia da República, o agora deputado afirmou que abordou o tema com o presidente do Chega, que "as coisas estão resolvidas" e que agora a prioridade é "trabalho, trabalho, trabalho".
O parlamentar, que disse estar já "orientado" e conhece os cantos à casa, manifestou ainda um "sentido enorme de responsabilidade e de missão".
De recordar que Ricardo Lopes Reis, que também é vogal da direção da Juventude Chega e suplente do conselho de jurisdição nacional do partido, foi eleito pelo círculo eleitoral de Setúbal, em 6.º lugar.
O novo deputado do Chega, de 26 anos, esteve envolvido numa polémica após a morte de Odair Moniz. Em causa esteve uma publicação nas redes sociais, que gerou fortes críticas e que acabou por levar Ricardo Reis a apagar não só as palavras em questão como a colocar o seu perfil privado.
"Menos um criminoso… menos um eleitor do Bloco", escreveu Ricardo Reis.
Recorde-se que Odair Moniz, de 43 anos e morador no Bairro do Zambujal, na Amadora, foi baleado por um agente da PSP, no Bairro da Cova da Moura, no mesmo concelho, e morreu pouco depois, no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa. A morte desencadeou a revolta, nalguns casos acompanhada por distúrbios, em vários bairros da periferia de Lisboa.
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