Viktor Gyokeres concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista à SIC, na qual, entre outros temas, falou sobre o momento em que soube da saída do treinador Ruben Amorim para o Manchester United.
"Era algo que nós, enquanto jogadores, não queríamos. Obviamente, como disse, estávamos a 'voar' e a ganhar os jogos todos. Claro que foi um momento triste, mas compreendemos perfeitamente a decisão dele. Não houve ressentimentos. A equipa compreendeu a saída. Falámos com ele, entre os jogadores também. Foi tudo muito claro e não houve ressentimentos", começou por dizer o sueco, que recusou a ideia de que os leões seriam campeões em março se Amorim não tivesse saído.
"Não sei, mas é claro que temos sempre a mentalidade de querer ganhar sempre. Como já vimos no futebol, nem sempre acaba assim. É muito difícil não perder um único jogo durante toda a época, acho que poucas equipas o conseguiram. Uma coisa é ganhar muitos jogos, outra é passar uma época inteira sem perder", referiu.
Gyokeres confessou que foi difícil para João Pereira chegar "a uma equipa onde estava tudo bem" e falou sobre a chegada de Rui Borges ao comando técnico dos leões.
"Estávamos um pouco mais experientes nas mudanças de treinador e talvez tenha sido um pouco mais fácil aceitar a mudança e adaptarmo-nos ao estilo de jogo que ele queria. Depois, claro, tivemos um jogo muito importante logo a seguir [com o Benfica]. Acho que estávamos prontos para provar que éramos melhores do que mostrámos nos jogos anteriores. Foi ótimo arrancar assim", ressaltou.
O camisola 9 dos leões recordou ainda a operação ao joelho que fez ainda antes do começo da época e revelou que recebeu alguns comentários sobre o seu rendimento.
"Há sempre essas conversas. Acho que até me chamaram gordo quando cheguei à primeira pré-temporada. Há sempre isso. Só tenho de me afirmar para dar boas manchetes", afirmou.
Quanto à luta pela Bota de Ouro, Gyokeres assume que não pensa muito nisso. Já sobre o seu futuro em Alvalade, o nórdico abriu a porta à saída do Sporting.
"Claro que há quem fale disso à minha volta, mas neste momento não está nas minhas mãos. Tento não pensar nisso. Penso que é justo dizer que o vencedor será sempre aquele que tiver o melhor desempenho. Pontos dos golos? Entendo isso, tem sido sempre assim. Claro que se pudesse mudar as regras mudaria, mas não está nas minhas mãos", disse.
"Saída? O futebol é assim, nunca se sabe o que vai acontecer. Como se viu nesta época nunca se sabe o que vai acontecer. E é a mesma coisa agora. Veremos o futuro", finalizou.
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