Contratado no verão de 2022, após nove anos de ligação ao Palmeiras, o jogador tornou-se protagonista no 'vértice' mais adiantado do 'miolo' na primeira temporada, que valeu o título da II Liga, e manteve esse estatuto nos dois anos a competir na elite do futebol luso, marcados pelo progresso tático em relação à experiência prévia no Brasil.
"Na Europa, precisamos muito mais de ser melhores taticamente para ajudar a equipa. No Brasil, ainda se está a trabalhar nessas questões. Com os treinadores estrangeiros a irem para lá, estão a melhorar. Taticamente, consegui melhorar bastante no Moreirense. E evoluí o meu jogo individualmente", disse, em entrevista à Lusa.
Utilizado em 107 jogos pela equipa da vila de Moreira de Cónegos, no concelho de Guimarães, o médio contabilizou oito golos e nove assistências na época 2022/23, quatro golos e cinco assistências em 2023/24 e oito golos e seis assistências na época recém-concluída, num trajeto que lhe permite atravessar a melhor fase da carreira.
"Sim, com certeza [estou na melhor fase]. Desde que cheguei ao Moreirense, tenho bons números individualmente. Temos conseguido conquistar os objetivos do clube. Estou muito feliz por manter este nível nestes três anos. Agora, quero pensar em coisas maiores. Quero continuar a trabalhar para atingir os meus objetivos individualmente", acrescenta.
Alanzinho reconhece que a época 2023/24, marcada pelo sexto lugar e pelo recorde absoluto de 55 pontos no historial dos 'cónegos', sob o comando do agora treinador do Sporting, Rui Borges, foi a "melhor coletivamente", com um setor intermédio em que 'coabitou' com Ofori e Gonçalo Franco.
"O meio-campo que coletivamente teve mais sucesso foi aquele em que estive dois anos junto com o [Gonçalo] Franco e o Ofori. Neste ano, joguei eu, o Rúben Ismael e o Ofori. E também estive com o Benny e com o Ivo [Rodrigues]. Voltámos a ajudar bastante o Moreirense", frisa.
Natural de São Paulo, a cidade mais populosa da América do Sul, com mais de 20 milhões de habitantes na área metropolitana, o jogador admite ter encontrado uma realidade "muito diferente" em Moreira de Cónegos, vila com perto de cinco mil pessoas, mas a adaptação foi "muito boa e rápida", devido ao acolhimento de colegas e adeptos.
Habituado a encontrar "muitos adeptos" em todos os estádios onde jogava no Brasil, o 'criativo' salienta que os adeptos do Moreirense são "muito mais respeitosos e acolhedores", apesar do menor número, por comparação.
O Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas teve uma média de 2.387 espetadores na edição 2024/25 da I Liga portuguesa, a 16.ª entre os 18 clubes em prova.
"Aqui, há mais adeptos nos jogos com os 'grandes', mas a quantidade também não quer dizer nada. Em Moreira [de Cónegos], os adeptos são em pouca quantidade, mas muito respeitosos e têm um carinho grande por nós", observa.