Segundo estimativas da APEMIP, em 2024, terão sido vendidas 150 mil casas num valor total de 30 mil milhões de euros, acima de 2023, e prevê que este ano as transações aumentem.
Do total de transações, a APEMIP diz que 6% foram feitas por estrangeiros e desses mais de metade não são europeus. Já o peso dos estrangeiros no valor total é maior, acima de 10%.
Hoje, num encontro com jornalistas em Lisboa, a vice-presidente da APEMIP, Patrícia Barão, disse que Portugal entrou definitivamente no radar de cidadãos estrangeiros - nomeadamente de países como Estados Unidos ou Brasil, pois vêm atraídos pela qualidade de vida, serviços de saúde, educação e segurança - e que assim se manterá.
Ou seja, explicou, mesmo com alterações nos regimes especiais que os beneficiavam (como os vistos 'gold') o fluxo de estrangeiros que procuram Portugal para viver vai continuar. Em média, um estrangeiro gasta numa casa 550 mil euros (acima do cidadão português).
Quanto à casa que os estrangeiros procuram para comprar, a responsável pela APEMIP explicou que cada vez mais olham para outras localizações que não só os centros de Lisboa e Porto: "Um americano vai ao Seixal e fica maravilhado ao ver aquele fim do dia, aquela paisagem incrível", afirmou.
Segundo explicou, há 10 anos os estrangeiros compravam sobretudo no Algarve, nomeadamente ingleses, irlandeses ou alemães. A seguir a 2012, com a junção de medidas como vistos 'gold' e regime de residentes não habituais, vieram muitos estrangeiros de França, Bélgica Brasil.
Já desde há poucos anos, continuou, Portugal entrou definitivamente no radar dos estrangeiros como um dos países onde é boa a qualidade de vida e mudam-se para o país mesmo que não haja regimes especiais que os beneficiem.
Patrícia Barão deu exemplo dos norte-americanos e como Portugal, enquanto destino para viver, é regularmente objeto de reportagem na comunicação social dos Estados Unidos.
Quanto aos preços das casas em Portugal, Patrícia Barão foi cautelosa e previu que "não vão baixar" este ano e justificou com o facto de "a procura e a oferta continuarem em desequilíbrio".
Em Portugal há cerca de 6.000 empresas imobiliárias. A APEMIP é a associação mais representativa do setor, com 2.000 associados.
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