Trabalhadores da Silopor entregam nova proposta de acordo de empresa

Os trabalhadores da Silopor entregam, na segunda-feira, à comissão liquidatária, uma nova proposta de acordo de empresa e exigem que a sociedade se mantenha na esfera pública, disse à Lusa Célia Lopes, do CESP.

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Lusa
20/02/2025 20:03 ‧ ontem por Lusa

Economia

Silopor

De acordo com a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), os trabalhadores, hoje reunidos em plenários, decidiram "no próximo dia 24 [de fevereiro, segunda-feira] apresentar à comissão liquidatária a sua posição sobre a revisão do acordo da empresa".

 

"Tendo em conta a posição manifestada pela Comissão Liquidatária na última reunião, de que tinha disponibilidade para ouvir uma reformulação da proposta, ou seja, sobre os aumentos salariais aplicados por ato de gestão", apontando que "haveria ainda margem negocial", os trabalhadores "discutiram uma proposta que será apresentada na próxima segunda-feira, por isso só depois dessa resposta" é que poderá "haver a decisão" sobre outras formas de luta, que podem passar pela greve, explicou. 

Os trabalhadores, que irão também reunir-se com a Casa Civil do Presidente da República, debateram ainda o processo de liquidação da empresa, considerando que "deve haver a garantia" clara de que "se manterá sempre na esfera do setor empresarial do Estado e esta é uma questão fundamental".

Além disso, pretendem que "fique claro que o acordo de empresa vigente se mantém em vigor até ser substituído por outro", isto porque o projeto de lei do Governo aponta no sentido de "o acordo da empresa se manter em vigor, mas ter um teto temporal de cinco anos". 

Segundo Célia Lopes, "o acordo de empresa não é inócuo" e tem de ser revisto, "caso contrário também acaba por ficar desajustado da própria realidade das carreiras e, por isso, é um objetivo, que, de facto, o acordo da empresa se mantenha em vigor, mas que ao mesmo tempo que seja revisto", concluiu.

A greve ao trabalho suplementar na Silopor, que estava prevista para esta semana, acabou por ser desconvocada, com a marcação da reunião. 

A Silopor, principal empresa portuária de armazenamento de granéis sólidos alimentares, que faz a gestão dos silos da Trafaria, em Almada, e do Beato, em Lisboa, tem uma capacidade global de 340 mil toneladas, o que permite o armazenamento, em média, de um total de 3,4 milhões de toneladas de cereais e farinhas durante um ano.

A empresa responsável pelo descarregamento e armazenamento de mais de metade dos cereais importados por Portugal entrou em processo de liquidação por imposição da Direção Geral da Concorrência da União Europeia no ano 2000 e tem sido gerida, desde então, por uma comissão liquidatária com mandato até 2025.

Leia Também: Governo quer alargar majoração em IRC a empresas que aumentem salários

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