O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 1,11 dólares acima dos 73,63 com que encerou as transações na sexta-feira.
O Brent começou a semana em alta, a roçar os 75 dólares por barril, entre receios com a oferta e os efeitos da guerra comercial no mercado petrolífero.
A cotação do crude europeu aumentou depois de Donald Trump dizer que se irritou muito com o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, a quem ameaçou com a imposição de novos obstáculos alfandegários se não facilitar um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia, desencadeada com a invasão russa.
"Se a Rússia e eu não chegarmos a acordo para parar o derramamento de sangue na Ucrânia, e se eu acreditar que isso é culpa da Rússia, que pode não ser, vou impor mais tarifas ao petróleo, a todo o petróleo que saia da Rússia", disse Trump, durante uma chamada telefónica, de madrugada de domingo, com a NBC.
Trump acrescentou que estas novas tarifas, que entrariam em vigor no próximo mês, significariam que "quem comprar petróleo à Rússia, não pode fazer negócios com os EUA", e que poderiam alcançar os 50%.
Na mesma entrevista, Trump ameaçou bombardear o Irão e mais taxas alfandegárias, se não chegar a acordo com os EUA sobre o dossier nuclear.
Estas declarações de Trump aumentaram os receios dos investidores sobre as eventuais consequências de mais taxas alfandegárias aplicadas à Federação Russa, uma vez que já impôs várias sanções à indústria petrolífera russa e iraniana.
Além disto, os investidores estão preocupados também com a entrada em vigor das taxas alfandegárias prometidas por Trump para começarem em 02 de abril, entre as quais o agravamento de 25% aos potenciais compradores de petróleo e gás da Venezuela ou às importações de automóveis, bem como com o seu efeito na economia internacional.
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