O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, assegurou, esta segunda-feira, que a economia portuguesa continuará a registar excedentes nos próximos anos e um crescimento económico superior a 2%.
"Vamos continuar a ter excedente nos próximos anos", disse o ministro das Finanças, em declarações aos jornalistas em Bruxelas transmitidas pela RTP3, acrescentando que antecipa um "excedente de 0,3 este ano e de 0,1 em 2026". O crescimento económico também deverá ser "superior a 2%" este ano.
Sobre o comércio internacional, o ministro disse que a "Europa tem de olhar para os seus interesses, mas procurar chegar a um entendimento de forma a que não haja aplicação de tarifas ou havendo que seja mais mitigada".
"As tarifas prejudicam as economias, as empresas e consumidores", rematou.
Questionado sobre a denuncia da cobrança indevida de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a senhorios com contratos de arrendamento celebrados antes de 1990, o ministro disse que já foram pedidos esclarecimentos à Autoridade Tributária (AT).
A economia portuguesa cresceu 1,6% em termos homólogos nos primeiros três meses do ano e contraiu-se 0,5% face ao trimestre anterior, segundo a estimativa rápida divulgada na semana passada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os economistas consultados pela agência Lusa previam uma desaceleração, mas não tão intensa, do crescimento da economia portuguesa no primeiro trimestre do ano, apontando para crescimento homólogo do PIB entre 2,4% e 2,8% no primeiro trimestre e entre 0,1% e 0,6% na comparação em cadeia.
O FMI reviu em baixa as previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal este ano, para 2%, face ao que estimava em outubro (2,3%), e abaixo das previsões do Governo.
Na proposta de Orçamento do Estado para 2025, o executivo estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% em 2025.
[Notícia atualizada às 13h33]
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