PIB cresce 1,6% em termos homólogos e cai 0,5% em cadeia no 1.º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,6% em termos homólogos e recuou 0,5% em cadeia no primeiro trimestre, informou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando a estimativa rápida de 02 de maio passado.

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Lusa
30/05/2025 11:24 ‧ ontem por Lusa

Economia

INE

As estimativas preliminares hoje divulgadas pelo INE para os primeiros três meses deste ano apontam, assim, para um crescimento homólogo de 1,6% em volume, taxa inferior em 1,2 pontos percentuais à do trimestre precedente, refletindo um abrandamento do consumo privado, enquanto o investimento acelerou.

 

"O contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu ligeiramente, passando de 3,6 pontos percentuais no quarto trimestre para 3,5 pontos percentuais, refletindo a desaceleração do consumo privado", explica o instituto estatístico.

Em sentido oposto, o investimento acelerou, refletindo o "aumento expressivo" do contributo da variação de existências para a variação homóloga do PIB, traduzindo um efeito de reposição de 'stocks' após a diminuição observada no trimestre anterior.

Por outro lado, o contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB acentuou-se no primeiro trimestre, registando-se uma "acentuada desaceleração" das exportações de bens e serviços e uma "ligeira aceleração" das importações.

Comparando com o quarto trimestre de 2024, o PIB diminuiu 0,5% em volume, após um crescimento de 1,4% no trimestre anterior.

Segundo o INE, o contributo da procura externa líquida para a taxa de variação em cadeia do PIB passou a negativo (de +0,7 pontos percentuais para -0,7 pontos percentuais), com uma redução das exportações de bens e serviços e um crescimento das importações.

Já o contributo positivo da procura interna diminuiu para 0,1 pontos percentuais, face aos 0,7 pontos percentuais do trimestre anterior, verificando-se uma redução do consumo privado.

Em termos nominais, o PIB aumentou 5,1% no primeiro trimestre, em termos homólogos (7,0% no trimestre precedente), com o deflator implícito do PIB a registar uma taxa de variação homóloga de 3,5% (4,1% no quarto trimestre de 2024).

Por componentes da procura interna, em volume, verificou-se uma desaceleração do consumo privado no entre janeiro e março (inclui as Instituições Sem Fim Lucrativo ao Serviço das Famílias), que passou de uma variação homóloga de 4,9% no quarto trimestre de 2024 para 3,3%.

Por sua vez, o investimento acelerou significativamente (passando de uma variação de 1,5% no quarto trimestre para 6,0%), refletindo o aumento da variação de existências, associado ao crescimento das importações de bens.

Já o consumo público (Despesas de Consumo Final das Administrações Públicas) acelerou ligeiramente, para uma variação de 1,3% (1,0% no trimestre precedente).

No primeiro trimestre, o contributo negativo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB acentuou-se de -0,8 pontos percentuais para -2,0 pontos percentuais, refletindo um crescimento de 1,5% das exportações de bens e serviços (aumento de 3,9% no quarto trimestre) e de 5,7% das importações (5,6% no trimestre anterior).

As despesas de consumo final das famílias residentes, em volume, cresceram 3,4% em termos homólogos no primeiro trimestre, após a variação de 5,0% no trimestre anterior, verificando-se uma desaceleração das duas componentes: as despesas de consumo em bens não duradouros e serviços passaram de um crescimento homólogo de 4,9% para 3,2% e a componente de bens duradouros passou de uma taxa de 6,3% para 4,6%.

Face ao último trimestre de 2024, as despesas de consumo final das famílias residentes diminuíram 1,1% (variação em cadeia de 2,8% no trimestre anterior), refletindo uma redução de 1,0% da componente de bens não duradouros e serviços (taxa de +2,5% no quarto trimestre) e uma diminuição de 2,8% da componente de bens duradouros (+6,4% no trimestre precedente).

As exportações de bens e serviços, em volume, registaram uma variação homóloga de 1,5% no primeiro trimestre (3,9% no trimestre anterior), enquanto as importações aumentaram 5,7% (5,6% no trimestre anterior).

Em comparação com o quarto trimestre de 2024, as exportações totais, em volume, diminuíram 0,4% (crescimento de 0,6% no trimestre anterior). Em sentido contrário, as importações totais registaram uma variação em cadeia de 1,0% no primeiro trimestre de 2025 (-0,8% no trimestre precedente).

[Notícia atualizada às 11h47]

Leia Também: Inflação volta a subir em maio, acelerando para 2,3%

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