Segundo as estatísticas rápidas da 'Atividade Turística' do Instituto Nacional de Estatística (INE), em abril o setor do alojamento turístico registou 2,9 milhões de hóspedes (+8,5%) e 7,1 milhões de dormidas (+9,2%).
No período, gerou 571,1 milhões de euros de proveitos totais (resultantes de toda a atividade do estabelecimento hoteleiro) e 436,0 milhões de euros de proveitos de aposento (apenas referentes às dormidas), o que representa subidas de 12,6% e 13,9%, respetivamente, face ao mesmo mês de 2024.
O INE assinala que os resultados de abril foram influenciados pelo efeito do período de férias associados à Pascoa, que ocorreu este ano em abril, enquanto no ano anterior se concentrou, essencialmente, em março.
Para o crescimento das dormidas em abril contribuíram quer os residentes (+13,1% para 2,0 milhões de dormidas), quer os não residentes (+ 7,7% para 5,1 milhões).
Em abril, os 10 principais mercados emissores representaram 74,6% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (18,2% do total das dormidas de não residentes em abril) e a crescer 7,1% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em abril (11,5% do total), cresceram 5,8%, seguindo-se o mercado norte-americano na terceira posição (quota de 9,2%), com um crescimento de 6,0%.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em abril, o espanhol (9,0% do total) registou o maior crescimento (+43,0%), seguido pelo irlandês (+12,1%). Em sentido inverso, o INE destaca a variação do mercado francês (-10,8%).
Em abril, todas as regiões do país registaram evoluções positivas nas dormidas, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+18,4%) e nos Açores (+14,3%).
O Algarve concentrou 26,0% do total de dormidas, seguindo-se a Grande Lisboa (24,4%).
O INE nota que as dormidas de residentes registaram aumentos mais expressivos na Madeira (+32,3%), destacando ainda o crescimento do Centro (+20,1%). Pelo contrário, os Açores apresentaram uma quebra de 0,9%.
O município de Lisboa concentrou 19,9% do total de dormidas, atingindo 1,4 milhões (+3,7%), surgindo Albufeira como o segundo município com mais dormidas (678,1 mil dormidas, peso de 9,5%) e um crescimento de 4,8%.
No Porto, as dormidas totalizaram 586,3 mil (8,2% do total), um aumento de 9,9%.
No mês em análise, a estadia média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,50 noites) aumentou 0,6% (-3,0% em março).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a registar-se na Madeira (4,42 noites) e no Algarve (3,77 noites), enquanto as estadias mais curtas ocorreram no Centro (1,69 noites), no Oeste e Vale do Tejo e no Alentejo (1,79 noites em ambas).
No que se refere às taxas de ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico, aumentaram em abril: A taxa líquida de ocupação-cama (50,4%) subiu 3,1 pontos percentuais e a taxa líquida de ocupação-quarto (60,0%) subiu 2,4 pontos.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 69,5 euros (+10,8%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 115,9 euros (+6,3%).
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos do setor (31,2% dos proveitos totais e 33,3% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (22,6% e 20,6%, respetivamente) e do Norte (16,7% e 17,3%, pela mesma ordem).
Contudo, os maiores aumentos de proveitos ocorreram no Centro (+29,4% nos proveitos totais e +31,7% nos de aposento) e na Madeira (+22,2% e +26,9%, pela mesma ordem), enquanto a Grande Lisboa apresentou os crescimentos mais modestos (+3,7% nos proveitos totais e +4,4% nos relativos a aposento).
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se em abril 3,0 milhões de hóspedes e 7,6 milhões de dormidas (+8,2% e +9,1%, respetivamente).
[Notícia atualizada às 13h05]
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