Wall Street fecha sem rumo face às tensões comerciais entre China e EUA

A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em terreno misto, abrandada pelas tensões comerciais entre Washington e Pequim, com o Presidente norte-americano Donald Trump a acusar a China de desrespeitar o acordo negociado entre as duas potências.

Notícia

© Lusa

Lusa
30/05/2025 22:54 ‧ ontem por Lusa

Economia

Bolsas

Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average subiu 0,13%, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,32% e o índice alargado S&P 500 fechou praticamente estável (-0,01%).

 

Os mercados acionistas globais fecharam hoje em baixa, reagindo aos últimos desenvolvimentos na política comercial do presidente dos EUA.

Paris perdeu 0,36%, enquanto Frankfurt (+0,27%) e Milão (+0,26%) subiram. Londres ganhou 0,64%. Todos os mercados europeus registaram ganhos mensais em maio.

"Sem a guerra comercial, o mercado estaria muito bem", garantiu à agência France-Presse (AFP) Tom Cahill, da Ventura Wealth Management.

Envolvido numa batalha judicial sobre as suas tarifas, o presidente norte-americano, Donald Trump, reacendeu hoje as tensões comerciais com a China, ao acusar Pequim de não respeitar os termos do acordo negociado há duas semanas entre os dois países em Genebra.

"Sem grande surpresa, a China violou completamente o seu acordo connosco", denunciou Trump numa mensagem na sua rede social Truth Social, sem especificar quais as infrações cometidas por Pequim.

Os Estados Unidos e a China chegaram a acordo em 12 de maio, em Genebra, para suspender temporariamente a escalada comercial que tinha elevado as tarifas sobre os produtos norte-americanos para 125% e as sobre os produtos chineses para 145%.

Alguns agentes de Wall Street temem que as declarações de Donald Trump sejam uma "antevisão do que pode acontecer" nas relações comerciais sino-americanas, destacou José Torres, da Interactive Brokers, em comunicado.

Ainda há "muita volatilidade (...) e nenhum catalisador para impulsionar o mercado até resolvermos algumas destas incertezas em relação ao comércio", enfatizou Cahill.

O mercado "está menos sensível a cada manchete" sobre as tarifas, alertou, no entanto.

Em termos de indicadores, o mercado bolsista de Nova Iorque revelou-se algo tranquilizado pelos últimos números da inflação norte-americana relativos a abril, divulgados hoje.

De acordo com o índice oficial PCE, os preços subiram 2,1% em abril, face ao período homólogo (em comparação com 2,3% em março e 2,6% em fevereiro).

Os analistas esperavam que a inflação abrandasse um pouco menos, para +2,2%, de acordo com o consenso publicado pelo MarketWatch.

"A inflação, é claro, ainda não atingiu o nível de 2%, ou menos de 2%, procurado pela Reserva Federal dos EUA (...), mas está definitivamente a ir na direção certa", apontou Cahill.

Leia Também: Bolsa de Lisboa fechou em alta com impulso do setor da energia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas