"Não é a primeira vez que Putin apresenta a carta nuclear" e é uma "decisão irresponsável", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial de defesa, em Bruxelas, a sua última enquanto Alto-Representante do bloco político-económico para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.
No milionésimo dia da invasão russa, Josep Borrell considerou que a decisão do Kremlin de alargar o escopo de utilização do armamento nuclear "tem um significado simbólico". O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje o decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kyiv a atacar solo russo com os mísseis de longo alcance.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou hoje que a Ucrânia já disparou seis mísseis de longo alcance fabricados nos Estados Unidos contra a região russa de Bryansk.
Josep Borrell insistiu que "não é a primeira vez" que Moscovo ameaça com uma escalada militar desde o início da invasão em 24 de fevereiro de 2022.
O responsável pela diplomacia da UE acrescentou que "o destino dos ucranianos determinará o destino da União Europeia".
Na segunda-feira, Josep Borrell reconheceu que o bloco comunitário demorou oito anos a reagir às investidas russas no território ucraniano.
Em 2014, a Rússia anexou a península da Crimeia. Em 2022 ocupou uma parte significativa do território ucraniano.
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