Scholz expressa preocupação sobre uso de míssil hipersónico russo

O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse hoje que o disparo de um míssil balístico hipersónico pela Rússia contra a Ucrânia constitui "uma terrível escalada" no conflito mas recomenda prudência no apoio militar a Kyiv.

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© Axel Schmidt/Getty Images

Lusa
22/11/2024 11:46 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Não queremos fornecer à Ucrânia mísseis de cruzeiro capazes de penetrar em território russo", reiterou o chanceler alemão, sublinhando que "a prudência e o apoio claro à Ucrânia são indissociáveis".

 

O chanceler falava perante uma reunião de autoridades locais de Berlim.

A NATO e a Ucrânia vão reunir-se em Bruxelas na próxima terça-feira para discutir a utilização por Moscovo, contra território ucraniano, de um míssil balístico de alcance intermédio (até 5.500 quilómetros), concebido para transportar uma ogiva nuclear.

Na quinta-feira, o Presidente russo justificou o disparo em resposta aos dois ataques efetuados pela Ucrânia contra território russo nos últimos dias com mísseis norte-americanos ATACMS e britânicos Storm Shadow, armas com um alcance de cerca de 300 quilómetros.

Vladimir Putin considerou que o conflito na Ucrânia tem atualmente contornos de uma "guerra mundial" e advertiu que não pode excluir a possibilidade de ataques contra "países ocidentais".

Enfraquecido pela desagregação da coligação governamental e em campanha para as eleições legislativas antecipadas de fevereiro, Olaf Scholz intensificou, nas últimas semanas, o discurso de contenção no apoio militar à Ucrânia.

O líder do Partido Social-Democrata (SPD) alemão tem insistido na recusa em fornecer à Ucrânia mísseis alemães de longo alcance Taurus "para evitar uma guerra entre a Rússia e a NATO".

"Só no SPD (...) é que a prudência e o apoio claro à Ucrânia andam de mãos dadas", insistiu num discurso que pretende marcar diferenças em relação aos conservadores democratas-cristãos da CDU posicionados à frente nas sondagens.

A CDU é favorável ao fornecimento de mísseis Taurus à Ucrânia.

Olaf Scholz é agora o único candidato à liderança do Partido Social-Democrata nas eleições de 23 de fevereiro na Alemanha, depois de o único adversário interno, o ministro da Defesa Boris Pistorius, ter desistido de disputar o poder na quinta-feira à noite.

De acordo com uma sondagem publicada na quinta-feira, 61% dos alemães apoiam a decisão de Scholz de não fornecer mísseis Taurus à Ucrânia.

Leia Também: Ocidente compreendeu a mensagem do novo míssil russo, diz Moscovo

 

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