"As autoridades dos Emirados prenderam em tempo recorde os três autores do assassínio de Zvi Kogan, um cidadão moldavo, de acordo com os documentos de identidade com que entrou nos Emirados Árabes Unidos, onde residia", disse o Ministério do Interior num comunicado transmitido pela agência nacional Wam.
O desaparecimento do rabino, que tinha dupla nacionalidade israelita e moldava, foi confirmado na passada quinta-feira e as autoridades dos EAU anunciaram esta manhã que tinham localizado o corpo.
A designação de uma unidade especial de investigação "levou à descoberta do corpo da vítima, à identificação e detenção dos autores e à instauração dos procedimentos legais necessários", referiu o Ministério no comunicado, sem dar detalhes sobre os detidos.
Zvi Kogan, 28 anos, um rabino ultraortodoxo, geria uma mercearia no Dubai, para onde os israelitas se deslocam em busca de comércio e turismo desde que os dois países estabeleceram laços diplomáticos.
O Governo israelita, qualificando o seu assassínio como um "ato abominável de terrorismo antissemita", disse que fará tudo o que puder "para garantir que seja feita justiça".
A Mossad, os serviços secretos externos de Israel, abriu um inquérito, segundo o gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
Os EAU são um dos países árabes que normalizaram as relações com Israel no âmbito dos Acordos de Abraão de 2020, promovidos por Donald Trump durante o seu primeiro mandato como Presidente dos Estados Unidos (2017-2021).
As circunstâncias que rodearam a morte do rabino permanecem obscuras, incluindo nos meios de comunicação social israelitas.
De acordo com a imprensa israelita, Tzvi Kogan era um emissário do movimento hassídico Habad Loubavitch, radicado nos EAU, um movimento ultraortodoxo impulsionado por um compromisso missionário mundial para reforçar a identidade judaica e aproximar os judeus da fé, particularmente através de centros comunitários.
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