Embaixadora nomeada pelos EUA acusa ONU de "gangrena antissemita"

Elise Stefanik, provável futura embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, ridicularizou hoje a "gangrena antissemita" que, segundo ela, afeta a ONU e reafirmou o seu apoio inabalável a Israel no seu conflito com os palestinianos.

Notícia

© Kent Nishimura/Getty Images

Lusa
22/01/2025 07:21 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

ONU

Esta deputada eleita por Nova Iorque, nomeada pelo Presidente Donald Trump para representar Washington na ONU, tem-se distinguido repetidamente pelas suas posições pro-israelitas e pela sua defesa dos judeus americanos e dos judeus no estrangeiro.

 

"Esta é uma das razões pelas quais, nas minhas discussões com o Presidente Trump, eu estava interessada nesta posição: se olharmos para a gangrena antissemita no seio das Nações Unidas, há mais resoluções dirigidas a Israel do que contra todos os países e crises juntos", disse a republicana, durante uma audiência perante a Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado.

Stefanik também reconheceu estar na mesma linha dos ministros israelitas de extrema-direita, que acreditam que o seu país tem um "direito bíblico à Cisjordânia".

A republicana evitou as perguntas dos senadores sobre o direito dos palestinianos a um Estado.

No dia em que Donald Trump nomeou Elise Stefanik para a ONU, em meados de novembro, nomeou também o antigo governador do Arkansas Mike Huckabee, próximo dos círculos israelitas pró-colonização, como embaixador em Israel.

Em 2017, Huckabee declarou: "A Cisjordânia ocupada não existe. Existe a Judeia e a Samaria", o nome bíblico utilizado pelos israelitas.

Stefanik e Huckabee têm ainda de ser confirmados pelo Senado, onde os republicanos têm a maioria.

Para a congressista nova-iorquina, isso deverá ser uma formalidade, tanto mais que pode contar com o apoio do senador democrata da Pensilvânia, John Fetterman.

Eleita para a Câmara do Senado em 2014, Elise Stefanik afirmou-se como uma apoiante fervorosa de Trump.

Ela defendeu o Presidente Trump no seu primeiro mandato, durante o seu primeiro processo de destituição em 2019, e depois recusou-se a certificar a eleição presidencial ganha em 2020 pelo democrata Joe Biden.

No final de 2023, juntamente com outros republicanos, pressionou a demissão de três presidentes de grandes universidades americanas, incluindo Harvard, acusados de não terem feito o suficiente contra o que ela descreveu como antissemitismo nas instituições desde a guerra na Faixa de Gaza.

A eurodeputada já tinha acusado a ONU de "chafurdar no antissemitismo", o que lhe valeu as felicitações de Israel, que mantém relações terríveis com a organização multilateral.

Leia Também: Guterres insta a "máxima contenção" em operação israelita em Jenin

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas