Venezuela envolve 150 mil agentes em exercícios militares e policiais

A Venezuela iniciou hoje os exercícios militares e policiais do Escudo Bolivariano 2025, com 150.000 oficiais envolvidos, que durante dois dias vão avaliar a capacidade de defesa  e tornar inexpugnável o país.

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© YURI CORTEZ/AFP via Getty Images

Lusa
22/01/2025 23:36 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Venezuela

"Destacamos 150.000 homens com armas, para 290 exercícios estratégicos que estão a ser realizados neste momento em cada um dos territórios [23 estados da Venezuela]", explicou o comandante estratégico operacional das Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB), Domingo Hernández Lárez.

 

O início dos exercícios foi supervisionado pelo Presidente Nicolás Maduro desde o Forte de Tiuna, a principal base militar de Caracas, e transmitidos pela televisão estatal venezuelana.

Domingos Hernández Lárez explicou que os exercícios incluem "a segurança dos aeroportos, portos, serviços básicos, água, eletricidade e comunicações.

"É um exercício completo de defesa integral da nação, no qual estão envolvidos os 335 municípios, 1136 paróquias e 3643 comunas", disse, precisando que estão a ser usados recursos navais, aéreos, viaturas militares pesadas como tanques e artilharia.

Por outro lado, Nicolás Maduro explicou que são os exercícios "mais completos e perfeitos desde o ponto de vista do planejamento e da defesa do território"

"Eu digo e repito, se queres a paz prepara-te para a defender, preservar e construir (...) sempre estabelecendo a hipótese de um conflito e caminhando, um, dois, três passos à frente da hipótese de conflitos", sublinhou.

Maduro sublinhou que os exercícios têm a missão de "garantir a ordem e a paz interna do país" e "o controlo sobre grupos geradores de violência, criminalidade organizada, estruturada com os de 'comanditos' [que associa à oposição] e fascistas" instrumentalizados para atacar o povo, "e facilitar cenários intervencionistas para dominar e colonizar a Venezuela".

"A Venezuela tem sido amplamente bem-sucedida no combate, na derrota e desmembramento, pela raiz, dos grupos criminosos que geram a violência (...) se algum país quiser ter a experiência da Venezuela, estendo a minha mão na luta contra esses grupos que têm sido sustentados a partir da Colômbia, o paramilitarismo, o narcotráfico e o inimigo público número um da Venezuela, os senhores Uribe e Duque [ex-presidentes da Colômbia]", disse.

Os exercícios, disse, têm ainda a ver com o controlo e a defesa territorial dos espaços da ampla fronteira com a Colômbia e a defesa aeroespacial e marítima do país.

Também a proteção de infraestruturas viais e instalações essenciais, as vias de comunicação, a proteção de cidades e bairros, de unidades militares, aeroportos, hospitais e centros de educação.

Os exercícios têm ainda o propósito de "formação para ter uma elevada capacidade de reação imediata e global, em caso de surpresa".

"Este é um elemento fundamental para tudo na vida, mas para a defesa armada de um país é fundamental ter esta capacidade treinada de reação imediata e global (...) E para partir os dentes a qualquer grupo que tente entrar na nossa Venezuela soberana e pacífica", disse.

Em 12 de janeiro o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe (2002-2010) pediu uma intervenção internacional, apoiada pelas Nações Unidas, para afastar Maduro do poder.

O pedido ocorreu um dia depois de Maduro tomar posse para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das eleições presidenciais.

"Pedimos uma intervenção internacional, de preferência apoiada pelas Nações Unidas, para remover estes tiranos do poder e convocar imediatamente eleições livres", disse Uribe num evento político em Cúcuta, nas proximidades da fronteira colombo-venezuelana, citado pela agência de notícias EFE.

O ex-presidente da Colômbia apelou ainda às Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela para que "cumpram as suas funções de acordo com a Constituição" venezuelana e "ajudem a desalojar a ditadura".

Em resposta, Nicolás Maduro disse que "a Venezuela tem--se preparado, juntamente com Cuba, com a Nicarágua, com os nossos irmãos mais velhos do mundo, para que, se um dia tivermos de pegar nas armas para defender o direito à paz, o direito à soberania e os direitos históricos da nossa pátria, possamos travar a batalha e voltar a ganhá-la".

Leia Também: ONG confirma libertação de 50 presos políticos na Venezuela

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