EUA. Pessoal da torre de controlo "não era normal" no momento do desastre

Um relatório da Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA) referiu hoje que o pessoal na torre de controlo de tráfego aéreo "não era o normal" no momento da colisão aérea mortal perto de Washington.

Notícia

© Andrew Harnik/Getty Images

Lusa
31/01/2025 00:05 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

EUA

O relatório, divulgado pela agência Associated Press (AP), diz que um controlador de tráfego aéreo estava a trabalhar em duas posições no momento do acidente, que matou 67 pessoas.

 

"A configuração da posição não era normal para a hora do dia e o volume de tráfego", pode ler-se.

Nick Daniels, presidente da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, realçou numa declaração que "seria prematuro especular sobre a causa raiz deste acidente".

"Aguardaremos as conclusões [das autoridades] e utilizaremos esta informação para ajudar a orientar decisões e mudanças para melhorar e melhorar a segurança da aviação", realçou.

Os investigadores do acidente aéreo adiantaram hoje que esperam ter conclusões preliminares dentro de 30 dias sobre as causas do acidente, no qual um avião de passageiros colidiu com um helicóptero.

"A nossa intenção é ter um relatório preliminar dentro de 30 dias. O relatório final será emitido assim que tivermos concluído toda a nossa investigação e apuramento de factos", explicou Todd Inman, membro da equipa de investigação, numa conferência de imprensa no Aeroporto Ronald Reagan, na capital dos EUA.

Os investigadores, que ainda não recuperaram as caixas negras da aeronave, vão permanecer na zona "o tempo que for necessário", acrescentou Inman, que salientou que a sua "missão é perceber não só o que aconteceu, mas o porquê e recomendar mudanças para evitar que volte a acontecer".

Por sua vez, Jennifer Homendy, diretora do National Transportation Safety Board (NTSB), uma agência independente encarregada de investigar acidentes de transporte civil, disse que os investigadores devem verificar as informações, mas pediu para não especular sobre as causas do acidente.

Esta posição contrastou com a postura do Presidente norte-americano Donald Trump, que numa conferência de imprensa anterior na Casa Branca disse não saber os motivos, mas deu a entender que o piloto do helicóptero era o culpado.

Apontou ainda o dedo, sem provas, aos governos democratas de Barack Obama (2009-2017) e Joe Biden (2021-2025) por terem contratado controladores de tráfego aéreo que, na sua opinião, eram pouco qualificados, seguindo políticas de diversidade e inclusão.

O acidente ocorreu quando um helicóptero militar, com três pessoas a bordo, e um avião comercial Bombardier CRJ700 da American Eagle (subsidiária regional da American Airlines), com 60 passageiros e quatro tripulantes, colidiram na quarta-feira por volta das 20:48 de quarta-feira (01:48 de quinta-feira em Lisboa), quando este último se aproximava do Aeroporto Ronald Reagan, em Washington.

As autoridades estão a afastar a possibilidade de haver sobreviventes do acidente aéreo, o mais mortífero nos Estados Unidos desde 2001.

O acidente ocorreu num dos espaços aéreos mais controlados e monitorizados do mundo, a pouco mais de cinco quilómetros a sul da Casa Branca e do Congresso norte-americano.

Leia Também: Ex-ministro dos Transportes dos EUA critica reação "desprezível" de Trump

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas