Mulher de Netanyahu investigada por intimidação de testemunhas contra o marido

O Ministério Público israelita abriu um inquérito criminal contra Sara Netanyahu, a mulher do primeiro-ministro de Israel, alegando que esta intimidou testemunhas e interferiu no processo de corrupção em curso contra o marido.

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© Amir Levy/Getty Images

Lusa
02/02/2025 15:09 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Netanyahu

Em resposta a uma pergunta parlamentar da deputada trabalhista Naama Lazimi, na oposição, a Procuradoria-Geral de Israel confirmou que a polícia abriu a investigação contra a mulher de Benjamin Netanyahu em 26 de dezembro de 2024.

 

As autoridades procuram confirmar se, como foi afirmado numa reportagem de investigação do Canal 12 de Israel (privado), Sara Netanyahu ordenou a Hanni Bleiweiss, falecida assessora do marido, que orquestrasse uma campanha de difamação contra Hadas Klein, uma testemunha-chave num dos casos de corrupção que envolvem Benjamin Netanyahu.

Esta "notificação (...) é importante para o controlo parlamentar, para o sistema judicial e para o Estado de direito", afirmou Naama Lazimi na rede social X.

"Não me vou calar, não vou desistir e não vou permitir que este caso seja enterrado. A justiça será feita e nós vamos certificar-nos de que será feita", acrescentou.

Na sua mensagem, Lazimi lembrou que Sara Netanyahu é uma "criminosa condenada" - foi condenada depois de chegar a um acordo em 2019 por desviar fundos estatais no valor de cerca de 50.000 dólares em refeições preparadas - "e agiu para prejudicar os funcionários do Ministério Público e desacreditar uma testemunha: crimes muito graves pelos quais deve ser levada à justiça".

O primeiro-ministro foi acusado em três processos por uma série de crimes, incluindo fraude e aceitação de subornos, embora tenha afirmado que tudo faz parte de uma perseguição política. De facto, conseguiu regressar ao poder para um sexto mandato com o processo já aberto, no final de 2022.

Netanyahu apresentou vários pedidos de adiamento, invocando a guerra desencadeada na Faixa de Gaza pelo ataque em solo israelita do movimento islamita palestiniano Hamas, em 07 de outubro de 2023.

Em dezembro, o chefe do Governo foi ouvido pela primeira vez no seu processo por corrupção e qualificou de "ridículas" as acusações de que é alvo.

É o primeiro chefe de governo israelita em funções a ser julgado no âmbito do direito penal. Está a ser processado por corrupção, fraude e abuso de confiança.

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