Ex-general russo morre na Ucrânia após ter sido recrutado da prisão

Um ex-general russo, antigo vice-chefe do Estado-Maior do Ministério do Interior russo, morreu na guerra na Ucrânia depois de ter sido recrutado da prisão onde cumpria uma pena de oito anos e meio por suborno.

Notícia

© Kostiantyn Liberov/Libkos/Getty Images)

Lusa
03/02/2025 23:24 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Segundo o portal independente russo Mediazona, que encontrou o obituário de Andrei Golovatsky, conseguiu confirmar a sua morte através do registo de heranças do governo russo.

 

O general ocupou o posto mais alto do Interior para o Cáucaso Norte até 2015, mas foi condenado em 2019 a oito anos e meio numa prisão de alta segurança por aceitar subornos de subordinados para prolongar os seus contratos ou mudar de serviço.

Poucos dias antes da sua condenação, Golovatsky gravou uma mensagem de vídeo dirigida ao Presidente russo Vladimir Putin na qual afirmava que o processo contra ele tinha sido manipulado, mas três anos mais tarde o site Gulag-in publicou uma carta sua na qual reconhecia ter aceitado subornos e pedia desculpa "pelo seu crime vergonhoso".

Até então, não se sabia que Golovatsky se tinha alistado para combater na Ucrânia, onde, segundo o Mediazona, morreu no final de junho do ano passado.

O falecido chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, admitiu numa entrevista ter recrutado cerca de 50 mil prisioneiros das prisões russas para a guerra na Ucrânia.

Prigozhin visitou na altura várias prisões russas e filmou-se a recrutar prisioneiros para lutar na invasão russa ao país que integrava a União Soviética, mais tarde, o antigo líder do grupo de mercenários Wagner fez duras críticas ao exército russo e ao líder Vladimir Putin de incompetência e de privar deliberadamente o grupo de munições.

Dois meses depois de fazer um motim de curta duração, Prigozhin morreu num acidente de avião em agosto de 2023, juntamente com outros comandantes do grupo Wagner. Desde então o grupo praticamente desapareceu do campo de batalha na Ucrânia.

Tendo como pano de fundo a guerra na Ucrânia, a Rússia tomou medidas para aumentar o exército sem a necessidade de novas e profundamente impopulares mobilizações, promovendo contratos mais atrativos para servir nas forças armadas e o recrutamento de voluntários.

Entre estas medidas conta-se a cessação dos processos penais contra os homens que assinam contratos com o exército russo, quer sejam reservistas ou soldados profissionais.

Leia Também: Excluir Kyiv das negociações entre EUA e Rússia é "muito perigoso"

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas