Durante a década de 90, Richard Sandrak foi considerado o rapaz mais forte do mundo.
Com apenas cinco anos, o rapaz treinava todos os dias e, com oito anos, isso conferiu-lhe o aspeto de um mini-Schwarzenegger.
Richard Sandrak competia em concurso de culturismo em todo o mundo e rapidamente se tornou um fenómeno, chegando a confraternizar com o próprio do Schwarzenegger.
Porém, por detrás do pequeno culturista e perito em artes marciais, existia uma força malévola que o empurrava e coagia para um físico antinatural com níveis perigosamente baixos de gordura corporal. Richard foi maltratado e abusado, privado de uma infância normal e forçado a treinar contra a sua vontade, revela hoje o Metro britânico.
Agora, o homem tem 32 anos, e vive uma vida pacata, juntamente com a sua namorada, longe das luzes da ribalta.
"Quando as pessoas falam de uma recordação de infância, esta está normalmente associada a algo positivo. Eu não consigo identificar. Para mim, era um acontecimento diário em que o meu pai me maltratava física e emocionalmente”, explica, referindo que as sessões de treino com o seu pai acabavam muitas vezes como se de uma situação de refém se tratasse.
"Nunca me esquecerei porque foi extremamente exaustivo e emocionalmente pesado", relata, revelando que tudo acabou quando ganhou coragem e ligou à polícia.
Pavel foi preso por maus tratos e deportado para o seu país natal, a Ucrânia. Richard nunca mais o viu e não tem qualquer interesse em reatar a relação.
O culturismo faz agora parte do passado, tendo Richard iniciado, desde então, uma carreira como duplo, chef e agora gestor de armazém. Porém, o passado deixou marcas. Já em adulto, Richard começou a beber e a sofrer de problemas de ansiedade.
"E os meus anos de adulto não foram todos maus. Vivi uma vida plena, mesmo que grande parte dela tenha sido passada em estado de embriaguez. Gostei dos diferentes desportos que experimentei, de jogar póquer e de criar música, que é uma grande parte da minha vida", afirma agora, referindo ainda que "quando olho para trás e vejo tudo o que passei, parece que estou a olhar para a vida de uma pessoa diferente. E eu diria que estou mais feliz com a pessoa que sou hoje”.
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