Putin também quer discutir com Trump "muito em breve" segurança na Europa

A Rússia pretende que um encontro entre os presidentes russo e norte-americano se realize "muito em breve" para discutir a Ucrânia, mas também a segurança na Europa, afirmou hoje o porta-voz do Kremlin (presidência russa).

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© SERGEI KARPUKHIN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
13/02/2025 11:01 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Não há dúvida de que todas as questões relacionadas com a segurança no continente europeu, em particular os aspetos que dizem respeito ao nosso país, a Federação Russa, devem ser discutidas em conjunto, e presumimos que será esse o caso", disse Dmitri Peskov.

 

Os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, falaram ao telefone na quarta-feira e concordaram em iniciar negociações sobre o fim da guerra na Ucrânia.

Trump telefonou em seguida ao Presidente da Ucrânia a dar conta da conversa com Putin.

Os líderes da Rússia e dos Estados Unidos também disseram estar prontos para se encontrarem pessoalmente, uma reunião que Trump disse que teria lugar na Arábia Saudita, mas sem adiantar qualquer data.

"É certamente necessário que esta reunião se realize rapidamente, os chefes de Estado [da Rússia e dos Estados Unidos] têm muito a dizer um ao outro", disse Peskov, citado pela agência francesa AFP.

Referindo haver "muitos assuntos na agenda", Peskov precisou que Moscovo quer um "debate aprofundado" sobre a segurança na Europa como um todo e as "preocupações de segurança" da Rússia.

A Rússia vê a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte nas suas fronteiras como uma ameaça existencial.

Em dezembro de 2021, pouco antes da invasão da Ucrânia, Moscovo enviou ao Ocidente uma lista de exigências de garantias de segurança.

As exigências incluíam a proibição de a Ucrânia e outros países da antiga União Soviética aderirem à Aliança Atlântica.

Moscovo exigiu também a retirada das tropas e armas da NATO dos países que aderiram à organização depois de maio de 1997.

A lista incluía os Estados Bálticos e a Polónia, que fazem fronteira com a Rússia, e a Roménia e a Bulgária, que fazem fronteira com o Mar Negro.

As principais exigências foram rejeitadas pela NATO e pelos Estados Unidos no final de janeiro, tendo Moscovo lançado o ataque à Ucrânia um mês depois, em 24 de fevereiro de 2022.

No contacto telefónico diário com os jornalistas, Peskov disse também que a administração de Donald Trump, ao contrário da de Joe Biden, "acredita que tudo deve ser feito para acabar com a guerra e fazer prevalecer a paz".

"Estamos abertos ao diálogo", acrescentou o porta-voz do Kremlin.

Leia Também: Putin admitiu possibilidade de haver "conversações de paz" com a Ucrânia

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