Vladimir Solovyov, um dos principais propagandistas do Kremlin, voltou a falar de Portugal na televisão russa e questionou quanto valeria a capital portuguesa, Lisboa, numa altura em que discutia quais os territórios ucranianos que a Rússia iria anexar após o fim da guerra.
"Podemos até pagar um pouco mais se precisarmos de empurrar a fronteira para trás", afirmou, num vídeo divulgado por Anton Gerashchenko, antigo conselheiro do Ministério da Administração Interna da Ucrânia, no X.
"Já agora, alguém me consegue dizer quanto custa Lisboa?", questionou Solovyov.
Evgeny Buzhinsky, um antigo militar russo que também participava na conversa, limitou-se a rir e a afirmar: "Lisboa? Não sei".
"Já estão a avaliar a Gronelândia. E Lisboa?", questionou ainda Solovyov.
Sublinhe-se que esta não é a primeira vez que Solovyov, 'pivot' de um dos programas de televisão de maior audiência na Rússia e apoiante do presidente Vladimir Putin, fala sobre Lisboa.
Em novembro de 2023, defendeu que a Rússia devia anexar Portugal, defendendo que "Lisboa nunca foi russa" e que é "por essa razão que devia ser". "Os portugueses viveriam muito bem como parte do império russo", frisou.
Umas semanas depois, em dezembro de 2023, afirmou que a Rússia devia anexar território para "garantir a segurança" do país. "Se precisarmos de conquistar Lisboa para garantir a segurança, fá-lo-emos", asseverou.
Também em dezembro de 2023 defendeu que as "tropas de ocupação norte-americanas devem ser retiradas da Europa" e que Moscovo "deveria capturar as bases norte-americanas na Alemanha, Itália e Portugal [Base Aérea das Lajes, na ilha Terceira, no arquipélago dos Açores]".
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