Um crime que aconteceu em 13 de janeiro de 2013, no condado inglês de Cambridgeshire, teve finalmente um acusado. Um homem que tinha sido detido por suspeitas de homicídio nesse ano, mas que foi depois libertado por falta de provas, foi formalmente acusado pelo tribunal, 12 anos após o crime.
O corpo da viúva Una Crown, de 86 anos, foi encontrado no seu bangaló após esta ter sido esfaqueada quatro vezes e ter a garganta cortada. Para além disso, o autor do crime ainda tentou queimá-la.
David Newton, de 70 anos, negou ser culpado de homicídio da viúva, mas foi constituído arguido em abril de 2024, na sequência de uma nova revisão aos testes de ADN que tinham sido feitos na altura do crime.
O suspeito foi condenado depois de um julgamento que durou mais de três semanas no tribunal da Coroa de Cambridge e conhece a sua sentença na sexta-feira, 14 de fevereiro.
De acordo com o tribunal, citado pela BBC, o corpo de Crown foi descoberto na entrada da sua casa depois de o marido da sobrinha ter ido encontrar-se com ela para irem juntos para o lanche de domingo.
ADN do arguido, que vivia perto da vítima, em Magazine Close, foi encontrado em partes das unhas retiradas da mão direita que não estava queimada da mulher, em 2013, que foram reexaminadas 10 anos depois com recurso a técnicas modernas.
Apesar dos ferimentos no corpo de Crown, a polícia no local, na altura do crime, não reconheceu a morte da mulher como suspeita e classificou a mesma, inicialmente, como "inexplicável".
Essa designação levou a que, segundo o tribunal, a cena do crime tivesse sido contaminada por pessoas que se deslocaram ao local na altura, e apontou que "muitos, muitos erros" foram cometidos pelas autoridades que não vedaram o local imediatamente e que isso o tornou "caótico" e "não regulamentado".
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