Santorini é habitualmente afetado por vários sismos, algo que é natural dado que se trata de uma ilha vulcânica.
Porém, só nos primeiros dias deste mês de fevereiro já foram sentidos 160 abalos de magnitude superior a 4 [no ano passado, foram sentido 90 no total do ano inteiro].
A situação está a preocupar, com muitos moradores e visitantes a terem abandonado a ilha, que está atualmente, praticamente deserta.
Os especialistas afirmam que é impossível fazer uma previsão fiável do que está prestes a acontecer na pitoresca Santorini, mas a situação desencadeou um debate científico internacional sobre o que se seguirá: será este um enxame sísmico de longa duração, serão estes tremores precursores de um grande terramoto ou estamos perante uma erupção vulcânica, submarina ou à superfície?
Ao 20 Minutos, o diretor do Instituto de Vulcanológico das Canárias, Luca D´Auria, refere que, no seu ver, estamos perante uma erupção vulcânica. "Na minha opinião, o que está a acontecer é um fenómeno vulcânico e não se pode excluir, desde já, que já terá tido início uma erupção submarina, mas a uma profundidade tal que ainda não é possível de ver à superfície", defende.
O especialista em sismologia afirma que, para que uma erupção submarina tenha manifestações claras à superfície, é necessário que haja emissão de magma a menos de 500 metros de profundidade. A sua teoria é que esta erupção estará a ocorrer “a uma profundidade de 1.000 metros ou mais”.
D'Auria salienta que já existem provas, em estudos preliminares, de “alterações na turbidez e na temperatura do oceano que podem indicar esta atividade vulcânica submarina”. No entanto, recomenda prudência até que estudos mais pormenorizados o confirmem.
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