Israel quer manter postos militares no Líbano, mas proposta é rejeitada

O ministro dos Assuntos Estratégicos israelita, Ron Dermer, afirmou hoje que as Forças de Defesa de Israel vão manter pelo menos cinco postos militares no Líbano, o que já foi recusado por Beirute.

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© Bridget Bennett/Bloomberg via Getty Images

Lusa
13/02/2025 20:31 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Apesar da retirada israelita no âmbito do acordo de cessar-fogo de novembro passado e que deveria estar concluída no início da próxima semana, no dia 18 de fevereiro, Israel indicou querer manter os postos militares no Líbano até que se garanta o cumprimento dos compromissos das tréguas, que incluem a retirada do movimento xiita libanês e pró-iraniano Hezbollah do sul do país.

 

Em entrevista à agência norte-americana Bloomberg, Dermer, considerado um dos mais fiéis confidentes do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, não especificou por quanto tempo Israel manterá estas posições, mas reconheceu que não serão retiradas a curto prazo.

O ministro israelita também sublinhou que o acordo prevê o envolvimento das autoridades libanesas para desmantelar o Hezbollah.

Entretanto, o presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, uma das figuras mais importantes do país, anunciou que os Estados Unidos o informaram de que Israel se retirará do sul do país no próximo dia 18 - como previsto no acordo - mas que permanecerá em cinco postos militares.

Berri sublinhou ter rejeitado esta iniciativa israelita, posição corroborada pelo presidente e pelo primeiro-ministro libaneses.

"É da responsabilidade dos norte-americanos impor a retirada, caso contrário terão causado o maior revés para o Governo libanês", argumentou o responsável, citado pelo 'media' L'Orient-Le Jour.

Berri sublinhou que, até à data, o Hezbollah estava de acordo e "totalmente empenhado" no acordo de cessar-fogo, mas que se Israel decidir manter a sua presença militar no Líbano, isso significará que continua a gozar de liberdade de movimentos no país, o que é "inaceitável".

A recusa de Israel em retirar-se completamente poderá reacender o conflito com o Hezbollah, que surgiu devido ao apoio do grupo à causa palestiniana, na sequência dos ataques do Hamas de 07 de outubro de 2023 no sul do território israelita, e que se agravou em setembro, quando as forças israelitas lançaram ataques no país, matando cerca de 4.000 pessoas, incluindo o líder histórico do movimento xiita libanês, Hassan Nasrallah.

Durante este acordo de cessar-fogo, o Líbano remodelou completamente a sua liderança política - onde o Hezbollah também tem algum peso - com a nomeação de Joseph Aoun como presidente e Nawaf Salam como primeiro-ministro.

Esta nova liderança política procura impor a sua autoridade sobre o grupo islamista e a influência de Israel.

Leia Também: Israel diz ter atingido lança-foguetes que disparou um míssil em Gaza

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