O presidente norte-americano, Donald Trump, deverá visitar Moscovo, na Rússia, a propósito das celebrações do Dia da Vitória, que decorrem a 9 de maio.
A informação foi avançada pelo jornal francês Le Point, esta sexta-feira.
Até ao momento, apenas este meio de comunicação deu conta da visita do magnata. Contudo, a agência estatal russa Ria Novosti, que citou o meio de comunicação francês, destacou a notícia na sua página principal.
"No dia 9 de maio, segundo as nossas fontes, é provável que haja um convidado importante nas bancadas em Moscovo: Donald Trump, ao lado de Vladimir Putin", escreveu o Le Point.
O jornal equacionou que, mais do que a vitória da União Soviética sobre a Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial, Trump e Putin celebrariam, este ano, "a sua vitória conjunta nas negociações de paz sobre a Ucrânia".
"Se tudo correr bem, [...] o dia 9 de maio de 2025 marcará o seu triunfo, o triunfo sobretudo de Putin, que verá assim corroborada e apoiada a sua comparação inicial da Ucrânia com os nazis", concretizou.
A notícia surgiu depois de o magnata ter confessado que não é "muito importante" que o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, esteja presente nas negociações de paz com o chefe de Estado russo, uma vez que "torna muito difícil fazer acordos".
"Há anos que o observo e vejo-o a negociar sem cartas. Ele não tem cartas. E ficamos fartos disso. Ficamos fartos. E eu estou farto", atirou, em entrevista à Fox News.
Trump argumentou ainda que Putin "não precisa de fazer um acordo", já que, se quisesse, "ficaria com o país inteiro".
Recorde-se que Trump acusou Zelensky de ser um "ditador sem eleições", na quarta-feira, após o líder ucraniano ter considerado que o norte-americano está preso na "bolha de desinformação russa", pela decisão unilateral de avançar com negociações sem a presença do país invadido e dos países europeus.
Foram, por isso, realizadas reuniões em Paris com os líderes europeus para discutir a arquitetura de segurança europeia e sobre como assegurar as garantias de segurança prometidas à Ucrânia.
Aliás, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, vai estar em Kyiv, na Ucrânia, na próxima segunda-feira, para assinalar o terceiro aniversário do início da invasão russa e reafirmar apoio ao presidente "democraticamente eleito".
[Notícia atualizada às 19h36]
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