Ganharam 500 mil € em raspadinha com cartão roubado. Vítima fez proposta

Até ao momento, os assaltantes não tentaram recolher o prémio. Uma vez que existe uma data limite para o fazer, a vítima convidou os homens a contactarem o seu advogado.

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Notícias ao Minuto
21/02/2025 17:29 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

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França

Dois homens em situação de sem-abrigo que compraram uma raspadinha com um cartão de crédito roubado ganharam um jackpot de 500 mil euros. Face às questões legais que a situação levantou, a vítima fez-lhes uma proposta: dividirem o prémio.

 

A trama deu-se a 3 de fevereiro, quando a dupla assaltou um carro que estava estacionado no centro de Toulouse, em França, e roubou uma mochila que continha os documentos de identificação e os cartões de crédito de um homem identificado pelo Le Parisien como Jean-David.

O homem de 42 anos denunciou o caso junto das autoridades e bloqueou os cartões junto do seu banco. Contudo, foi informado de que, naquele dia, um dos cartões tinha sido usado numa transação de 52.50 euros numa banca de jornais a menos de 500 metros do local onde o seu carro estava estacionado. A vítima esperava pelo menos encontrar os seus documentos de identificação, mas não teve sucesso.

“O dono disse que se lembrava dos dois sem-abrigo, com idades entre os 30 e os 40 anos, que entraram na loja e compraram cigarros e raspadinhas. Achou o comportamento deles suspeito, porque pagaram com um cartão e depois queriam comprar outra coisa, mas o cartão não tinha passado e eles não conseguiam introduzir o código”, contou o homem à polícia.

No entanto, o par ganhou o prémio máximo de 500 mil euros numa das raspadinhas. Ao regressar à loja, foi-lhe dito que teria de contactar a Française des Jeux, a empresa que gere a lotaria nacional francesa.

Até ao momento, os assaltantes não tentaram recolher o prémio. Uma vez que existe uma data limite para o fazer, a vítima convidou os homens a contactarem o seu advogado.

“Porque não encontrar um acordo amigável? Porque não partilhar o prémio?”, propôs.

“Os que estão na posse [da raspadinha] não precisam de se preocupar: a nossa proposta é simples, sem o dinheiro do meu cliente eles não teriam ganhado, sem eles o meu cliente não teria ganhado. É lógico que o partilhemos”, complementou o advogado Pierre Debuisson.

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