O processo de negociação no Senado norte-americano durou toda a noite, enquanto os legisladores consideravam uma emenda após outra, em grande parte proveniente dos democratas que tentavam impedir a aprovação.
Mas os republicanos utilizaram o seu poder maioritário para forçar a aprovação do pacote numa votação amplamente partidária, 52-48, com todos os democratas e um senador republicano a oporem-se, noticiou a agência Associated Press (AP).
"O que estamos a fazer hoje é dar início a um processo que permitirá ao Partido Republicano cumprir a agenda de imigração do Presidente Trump", destacou o presidente da Comissão de Orçamento do Senado, o republicano Lindsey Graham.
Graham destacou que o principal czar da imigração do presidente Donald Trump, Tom Homan, disse aos senadores que as operações de deportação do governo estão "sem dinheiro" e precisam de mais financiamento do Congresso para deter e deportar imigrantes.
Com pouco poder da minoria para travar o ataque, os democratas utilizaram o debate que durou toda a noite para forçar os senadores republicanos a votações potencialmente embaraçosas, incluindo a primeira, sobre o bloqueio das isenções fiscais para os multimilionários. A decisão foi rejeitada por questões processuais.
"Esta será uma luta longa e desgastante", alertou o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, de Nova Iorque. Horas depois, Schumer disse que "era apenas o início" do que poderia vir a ser um debate de meses.
O pacote é o que os republicanos veem como um adiantamento na agenda de Trump, parte de um esforço mais amplo que acabará por incluir legislação para alargar cerca de 4,5 biliões (milhão de milhões) de dólares em incentivos fiscais e outras prioridades.
Este processo está a ser reunido pelo presidente da Câmara, Mike Johnson, num pacote orçamental separado que também procura até 2 biliões de dólares em reduções na assistência médica e outros programas.
Trump preferia o que chamou um "grande e belo projeto de lei", mas a Casa Branca está aberta à estratégia do Senado de trabalhar primeiro no pacote fronteiriço e depois recorrer aos cortes de impostos no final deste ano.
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