Dez agentes ficaram feridos sem gravidade e seis manifestantes foram detidos, confirmaram à agência EFE fontes da polícia da capital búlgara.
O fogo foi extinto rapidamente pelos bombeiros, segundo a rádio nacional pública BNR.
Fonte do Ministério da Administração Interna declarou à agência espanhola que a polícia usou gás lacrimogéneo contra alguns manifestantes.
A presidente da Comissão Europeia já condenou o ataque, descrevendo-o como "cenas ultrajantes".
"Na Europa, exercemos o direito de nos manifestarmos pacificamente. A violência e o vandalismo nunca são a resposta", acrescentou Ursula von der Leyen, citada pela Europa Press.
Cerca de 3.000 pessoas, de acordo com os media locais, concentraram-se ao meio-dia em frente ao edifício do Banco Nacional da Bulgária (BNB), convocadas pelo partido ultranacionalista e pró-russo Ressurreição (Vazrazhdane), para protestar contra a adoção do euro, prevista para 01 de janeiro de 2026.
Da praça situada em frente ao BNB marcharam até à Representação da União Europeia (UE).
Os manifestantes mancharam com tinta vermelha a fachada das instalações diplomáticas, atiraram ovos e queimaram uma bandeira da UE.
Atearam ainda fogo a efígies com os rostos da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, do comissário europeu do Comércio, Valdis Dombrovskis, e do presidente do Eurogrupo, Paschal Donahue.
O Ressurreição, que nas eleições gerais de 28 de outubro obteve quase 14% dos votos, havia advertido esta semana que estava "pronto para tomar medidas extremas", embora sem precisar quais.
A Bulgária espera poder introduzir o euro no próximo dia 01 de janeiro, após cumprir todos os critérios requeridos.
Segundo os mais recentes dados oficiais, a inflação anual da Bulgária é de 2,6%, um nível que deixa o país apto para ingressar na zona euro.
[Notícia atualizada às 16h49]
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