Trump evita chamar "ditador" a Putin. Zelensky? "Devem sentar-se juntos"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, evitou chamar ditador ao homólogo russo, Vladimir Putin, e insistiu que deve o Presidente russo se deve sentar com Volodymyr Zelensky para negociar o fim da guerra na Ucrânia.

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© Francis Chung/Politico/Bloomberg via Getty Images

Lusa
21/02/2025 23:45 ‧ ontem por Lusa

Mundo

EUA

"Penso que o Presidente Putin e o Presidente Zelensky devem sentar-se juntos", disse aos jornalistas na Sala Oval da Casa Branca.

 

Quando questionado diretamente por um jornalista se considerava Putin um ditador, evitou responder, termo que utilizou para se referir a Zelensky e, em vez disso, reiterou a urgência de pôr fim ao conflito.

"Queremos acabar com a morte de milhões de pessoas. Estão a ser mortos jovens soldados. Se olharmos para as imagens de satélite do campo de batalha, nunca vimos nada assim. Milhares de soldados estão a morrer todas as semanas", disse Trump.

"É por isso que quero um cessar-fogo e quero fechar um acordo. Acho que temos uma hipótese de o fazer", acrescentou.

Trump reconheceu que os soldados ucranianos estão a "derramar o seu sangue" na guerra e são "muito corajosos", mas sublinhou que os Estados Unidos estão a gastar o seu "tesouro" num país que está "muito longe" e que, na sua opinião, não está a tratar Washington de forma justa, pois está a abusar da ajuda militar recebida.

Neste sentido, insistiu que a guerra afeta mais a Europa do que os Estados Unidos, uma vez que estes últimos têm "um grande e belo oceano" no meio, em referência ao Atlântico.

Trump afirmou também que está "muito perto" de assinar um acordo com a Ucrânia para que o país ceda recursos naturais a Washington, especialmente minerais essenciais e terras raras para o desenvolvimento tecnológico, como compensação pela ajuda dos EUA.

Zelenski revelou numa conferência de imprensa esta semana que a proposta entregue por Washington na semana passada incluía a cedência de 50% dos recursos naturais da Ucrânia.

Segundo o líder ucraniano, o acordo não garante que os EUA continuem a apoiar Kiev, razão pela qual o seu governo decidiu não o assinar.

Trump foi também questionado sobre um artigo da revista francesa "Le Point" que afirmava que ele planeava viajar para Moscovo para assistir à parada militar de 9 de maio, que comemora a vitória soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.

"Não, não vou", respondeu quando questionado sobre essa possibilidade.

As relações entre Washington e Kiev estão particularmente tensas depois de Trump ter surpreendido a Ucrânia e a Europa ao anunciar, a 12 de fevereiro, que tinha falado com Putin ao telefone e chegado a um acordo com Moscovo para iniciar "negociações imediatas" para acabar com a guerra.

Na terça-feira, na Arábia Saudita, uma delegação russa e norte-americana concordou em começar a trabalhar para pôr fim ao conflito e melhorar as suas relações económicas e diplomáticas, o que poderá levar a uma cimeira entre Trump e Putin.

Zelenski protestou contra a exclusão de Kiev das conversações e intensificou o seu confronto com Trump, acusando-o de viver numa bolha de "desinformação" conduzida pela Rússia, enquanto o Presidente dos EUA respondeu chamando "ditador" ao líder ucraniano.

Leia Também: Pentágono anuncia redução da força de trabalho civil em pelo menos 5%

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