Os três navios de guerra chineses envolvidos na operação "efetuaram exercícios em águas internacionais, longe da costa da Austrália", lê-se numa declaração publicada na rede social chinesa Weibo, pelo porta-voz do Ministério da Defesa chinês Wu Qian.
"Durante este período, a China organizou exercícios de fogo real com navios de guerra no mar, tendo emitido repetidos avisos de segurança com antecedência. As ações da China respeitaram plenamente o direito internacional e a prática internacional comum, sem afetar a segurança da navegação aérea", afirmou.
As declarações do Governo australiano, que criticou a falta de transparência do exército chinês relativamente aos exercícios "não correspondem de todo aos factos", afirmou.
"A Austrália, plenamente consciente destes factos, fez acusações infundadas contra a China e exagerou intencionalmente a situação. Estamos profundamente chocados e extremamente insatisfeitos", afirmou Wu.
O porta-voz pediu a Camberra para abordar as relações bilaterais e militares "com uma atitude objetiva e racional, mostrando mais sinceridade e profissionalismo, e tomando medidas concretas para promover o desenvolvimento estável das relações entre os dois países e exércitos".
A Força de Defesa da Austrália acusou na sexta-feira Pequim de estar a realizar exercícios com fogo real sem aviso prévio no mar da Tasmânia, entre a Austrália e a Nova Zelândia, obrigando ao desvio de ligações aéreas.
Um dia depois, a ministra da Defesa da Nova Zelândia, Judith Collins, disse que os chineses tinham realizado uma nova vaga de exercícios com fogo real na área.
A Austrália disse à agência EFE, na quinta-feira, que coordenou com os parceiros regionais, incluindo a Nova Zelândia, a resposta a esta ação da China, que normalmente realiza exercícios semelhantes em águas mais próximas de território chinês e que são objeto de disputas com países vizinhos, incluindo as Filipinas.
Pequim reivindica quase todo o mar do Sul da China, rico em recursos e um ponto chave para o comércio mundial.
Nos últimos anos, aumentou a influência nas ilhas do Pacífico Sul, historicamente associadas à Austrália e à Nova Zelândia, parceiros dos Estados Unidos.
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