"Os homens fortes fazem a paz, os homens fracos fazem a guerra. Hoje o presidente Donald Trump lutou bravamente pela paz. Mesmo que para muitos fosse difícil de digerir. Obrigado, Sr. Presidente!", frisou o governante húngaro, numa mensagem na rede social X.
O líder nacionalista húngaro é um aliado do Presidente russo Vladimir Putin e tem relações tensas com a Ucrânia.
A reação de Orbán surge em contraciclo com a manifestação de apoio a Zelensky pela maioria dos líderes europeus, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen ou o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e líderes de vários países como Portugal, Espanha, França ou Alemanha.
Volodymyr Zelensky deixou hoje prematuramente a Casa Branca, após um confronto verbal sem precedentes com Donald Trump na Sala Oval, em que o Presidente norte-americano, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de "abandonar" a Ucrânia se este não fizer concessões à Rússia.
"Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz", disse Donald Trump numa mensagem na sua rede social, Truth Social, logo a seguir à sua partida precipitada.
A assinatura de um acordo sobre os minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas, para a qual o chefe de Estado da Ucrânia se tinha deslocado a Washington, não se realizou, nem a conferência de imprensa conjunta que estava prevista no final do encontro.
Trump acusou também o homólogo ucraniano, que também ali estava em busca do apoio de Washington, após três anos de guerra com a Rússia, de ter "faltado ao respeito aos Estados Unidos" na Sala Oval, sublinhando que os Estados Unidos deram à Ucrânia muito dinheiro e que ele "devia estar mais grato".
Numa cena de tensão sem precedentes, que se prolongou por vários minutos e que envolveu também o vice-presidente norte-americano, JD Vance, os três dirigentes levantaram a voz e falaram uns por cima dos outros várias vezes.
Trump criticou em especial Zelensky por "se ter colocado numa posição muito má" em relação à Rússia e disse-lhe que ele "não tinha as cartas na mão", quanto ao desenlace da guerra.
Ameaçou-o, dizendo-lhe "faça um acordo [com a Rússia] ou deixamo-lo ficar mal", e acrescentando que será "muito difícil" negociar com o líder ucraniano.
"Você está a brincar com a vida de milhões de pessoas. Está a brincar com a terceira guerra mundial (...)", disse-lhe ainda Trump, furioso.
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