Trudeau recorda: "Rússia invadiu Ucrânia de forma ilegal e injustificada"

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, prometeu hoje continuar a apoiar a Ucrânia para "uma paz justa e duradoura", recordando a luta dos ucranianos pela "democracia, liberdade e soberania" perante o invasor russo.

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© David Kawai/Bloomberg via Getty Images

Lusa
28/02/2025 22:09 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Trudeau, cujo país tem sido alvo de provocações de Donald Trump, recorreu hoje à rede social X para declarar apoio a Kyiv após uma discussão pública do Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em Washington com o anfitrião e homólogo norte-americano.

 

"A Rússia invadiu a Ucrânia de forma ilegal e injustificada", frisou Trudeau na publicação, contrariando afirmações recentes de Trump de que foi Kyiv a provocar a guerra.

"Durante três anos, os ucranianos lutaram com coragem e resiliência. A sua luta pela democracia, pela liberdade e pela soberania é uma luta que é importante para todos nós", adiantou o primeiro-ministro canadiano, que esteve esta semana em Kyiv, juntamente com aliados europeus, para assinalar o 3º aniversário da invasão russa.

"O Canadá continuará a apoiar a Ucrânia e os ucranianos na obtenção de uma paz justa e duradoura", concluiu.

Otava está sob ameaça de tarifas alfandegárias por parte de Donald Trump, tal como a União Europeia.

O Presidente norte-americano tem criticado duramente o Canadá, alegando que o seu aliado e vizinho não tem colaborado no combate ao narcotráfico e imigração ilegal.

Desqualificando as políticas canadianas, Trump sugeriu mesmo que o Canadá se torne no "51º Estado" norte-americano.

A mensagem de Trudeau foi publicada pouco depois de Zelensky abandonar prematuramente a Casa Branca, após uma reunião com Trump na Sala Oval, perante a comunicação social, que se tornou num confronto verbal sem precedentes.

Trump, erguendo a voz, ameaçou o seu convidado de "abandonar" a Ucrânia se este não fizer concessões à Rússia.

"Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz", disse Donald Trump numa mensagem na sua rede social, Truth Social.

A assinatura de um acordo sobre os minerais, hidrocarbonetos e infraestruturas ucranianas, para a qual o chefe de Estado da Ucrânia se tinha deslocado a Washington, não se realizou, nem a conferência de imprensa conjunta que estava prevista no final do encontro.

Trump acusou também o homólogo ucraniano, que também ali estava em busca do apoio de Washington, após três anos de guerra com a Rússia, de ter "faltado ao respeito aos Estados Unidos" na Sala Oval, sublinhando que os Estados Unidos deram à Ucrânia muito dinheiro e que ele "devia estar mais grato".

Numa cena de tensão sem precedentes, que se prolongou por vários minutos e que envolveu também o vice-presidente norte-americano, JD Vance, os três dirigentes levantaram a voz e falaram uns por cima dos outros várias vezes.

Trump criticou em especial Zelensky por "se ter colocado numa posição muito má" em relação à Rússia e disse-lhe que ele "não tinha as cartas na mão", quanto ao desenlace da guerra.

"Você está a brincar com a vida de milhões de pessoas. Está a brincar com a terceira guerra mundial (...)", disse-lhe ainda Trump, visivelmente irritado.

Leia Também: "Desagradável com todos". Trump teve contenção com "canalha", diz Kremlin

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