Violência política nas Honduras faz nove mortos a três dias das primárias

A violência política a três dias das eleições primárias e internas de três partidos nas Honduras já fez 42 vítimas, das quais nove morreram, segundo informou quinta-feira a Universidade Nacional Autónoma das Honduras (Unah).

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Lusa
07/03/2025 00:05 ‧ há 2 dias por Lusa

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Honduras

Esses números, publicados num relatório do Instituto Universitário para a Democracia, Paz e Segurança (IUDPAS), que monitora o ambiente eleitoral desde que as eleições foram convocadas em 8 de setembro, indicam que 27 homens e 15 mulheres foram vítimas de violência política no país, a maioria deles do partido Liberal, o segundo maior partido da oposição, e do partido do governo Libertad y Refundación (Libre).

 

Entre os incidentes de violência política registados pela Unah, destacam-se nove homicídios, oito agressões simbólicas, seis atentados, cinco tentativas de coação ou intimidação, cinco casos de difamação, três agressões físicas, duas ameaças de morte e dois incidentes de danos materiais e discriminação ou exclusão.

Desde a convocação das eleições, as Honduras registaram 58 conflitos políticos, motivados por desacordos sobre questões como a dinâmica interna dos partidos políticos (67%), a legitimidade dos resultados (16%), as reformas eleitorais (7%), os crimes eleitorais (5%) e as alianças (5%).

As Honduras vão realizar eleições primárias e internas não vinculativas este domingo, antes das eleições gerais de 30 de novembro, nas quais os hondurenhos vão eleger o sucessor da Presidente Xiomara Castro, que tomou posse em 27 de janeiro de 2022.

O partido Libre, liderado pelo antigo presidente Manuel Zelaya, que também aconselha a sua mulher, a atual presidente, o Partido Nacional, principal partido da oposição, e o Partido Liberal, participarão neste processo.

Mais de 5,8 milhões de hondurenhos, numa população de 10 milhões de habitantes, são chamados a eleger nas eleições primárias e internas, que não são obrigatórias, candidatos para 3.064 cargos, incluindo o de Presidente, três presidentes nomeados (vice-presidentes), 298 presidências de câmaras municipais e 128 deputados.

Também devem ser eleitos 128 candidatos a deputados suplentes para o parlamento local, bem como 20 proprietários e o mesmo número de suplentes para o Parlamento Centro-Americano (Parlacen).

Leia Também: Honduras e EUA acordam prorrogar tratado de extradição após conflito

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