Esses números, publicados num relatório do Instituto Universitário para a Democracia, Paz e Segurança (IUDPAS), que monitora o ambiente eleitoral desde que as eleições foram convocadas em 8 de setembro, indicam que 27 homens e 15 mulheres foram vítimas de violência política no país, a maioria deles do partido Liberal, o segundo maior partido da oposição, e do partido do governo Libertad y Refundación (Libre).
Entre os incidentes de violência política registados pela Unah, destacam-se nove homicídios, oito agressões simbólicas, seis atentados, cinco tentativas de coação ou intimidação, cinco casos de difamação, três agressões físicas, duas ameaças de morte e dois incidentes de danos materiais e discriminação ou exclusão.
Desde a convocação das eleições, as Honduras registaram 58 conflitos políticos, motivados por desacordos sobre questões como a dinâmica interna dos partidos políticos (67%), a legitimidade dos resultados (16%), as reformas eleitorais (7%), os crimes eleitorais (5%) e as alianças (5%).
As Honduras vão realizar eleições primárias e internas não vinculativas este domingo, antes das eleições gerais de 30 de novembro, nas quais os hondurenhos vão eleger o sucessor da Presidente Xiomara Castro, que tomou posse em 27 de janeiro de 2022.
O partido Libre, liderado pelo antigo presidente Manuel Zelaya, que também aconselha a sua mulher, a atual presidente, o Partido Nacional, principal partido da oposição, e o Partido Liberal, participarão neste processo.
Mais de 5,8 milhões de hondurenhos, numa população de 10 milhões de habitantes, são chamados a eleger nas eleições primárias e internas, que não são obrigatórias, candidatos para 3.064 cargos, incluindo o de Presidente, três presidentes nomeados (vice-presidentes), 298 presidências de câmaras municipais e 128 deputados.
Também devem ser eleitos 128 candidatos a deputados suplentes para o parlamento local, bem como 20 proprietários e o mesmo número de suplentes para o Parlamento Centro-Americano (Parlacen).
Leia Também: Honduras e EUA acordam prorrogar tratado de extradição após conflito