"As notícias de centenas de vítimas no noroeste da Síria são profundamente alarmantes. A União Europeia pede um fim rápido à violência e uma investigação completa", disse Lahbib, numa mensagem divulgada nas redes sociais.
No mesmo sentido, a ex-ministra dos Negócios Estrangeiros belga considerou que o comité independente criado pelas autoridades interinas do país é um passo essencial.
"Após 14 anos de conflito, o povo sírio merece uma transição pacífica e inclusiva. A Síria não deve cair noutra guerra civil", concluiu a também jornalista.
O Conselho de Segurança da ONU vai reunir-se hoje de urgência, a pedido de vários Estados-membros, para discutir os últimos acontecimentos na Síria.
A situação na Síria evoluiu de forma dramática nos últimos quatro dias na região de Latakia.
Os confrontos, desencadeados por ataques de grupos leais ao presidente deposto, Bashar al-Assad, contra forças de segurança do novo governo de Damasco, foram o primeiro incidente sério enfrentado pelas autoridades do novo governo interino de Ahmed al-Sharaa.
Al Sharaa anunciou no domingo a formação de um comité independente, composto por cinco juízes, um general e um advogado, para investigar "violações contra civis" e descobrir os responsáveis pelos crimes.
O número de mortos no massacre ocorrido em resposta aos ataques de grupos leais ao Presidente deposto contra as forças de segurança da nova administração síria subiu para 1.311, incluindo 830 civis, na pior vaga de violência no país em anos.
Os dados foram divulgados no domingo e são do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
As autoridades não forneceram qualquer número de vítimas.
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse em Genebra que tinha recebido informações da Síria sobre execuções sumárias com conotações sectárias e cometidas por elementos associados ao antigo governo, mas também por membros das forças de segurança das atuais autoridades interinas e pessoas não identificadas.
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