O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu, esta quinta-feira, aceitar a proposta de cessar-fogo com a Ucrânia, mas exige primeiro acertar alguns "detalhes" com os Estados Unidos.
"Concordamos com as propostas de cessar-fogo, mas a nossa posição baseia-se no pressuposto de que o cessar-fogo conduziria a uma paz a longo prazo, algo que eliminaria as razões iniciais da crise", explicou Putin numa conferência de imprensa em Moscovo ao lado do presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Depois de ter visitado a região de Kursk na quarta-feira, Putin garantiu que a situação está "completamente sob controlo" da Rússia e, nestas circunstâncias, um cessar-fogo de 30 dias seria "bom para a Ucrânia" e já não tão vantajoso para os russos.
O chefe de Estado da Rússia agradeceu também ao homólogo norte-americano, Donald Trump, por "prestar tanta atenção à regulação do conflito na Ucrânia".
Entre esta quinta e sexta-feira, Putin deve reunir-se com o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que já terá pousado na capital russa.
A notícia de que Witkoff já está na Rússia é avançada pelo jornal Kommersant, que adianta também que o enviado se vai reunir diretamente com o presidente russo.
Ainda na manhã desta quinta-feira, Yuri Ushakov, conselheiro de Vladimir Putin, disse que a posição da Rússia já foi transmitida à Casa Branca e que Moscovo não iria aceitar a proposta de cessar-fogo: "Não é mais do que uma pausa temporária para os militares ucranianos", defendeu.
[Notícia atualizada às 16h15]
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