Países do G7 apoiam cessar-fogo e ameaçam Rússia com novas sanções

Os países do G7 anunciaram hoje o apoio à proposta de cessar-fogo para o conflito na Ucrânia e à integridade territorial deste país, ao mesmo tempo que exigiram medidas de segurança para Kyiv e ameaçaram Moscovo com novas sanções.

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© Sebastian Gollnow/picture alliance via Getty Images

Lusa
14/03/2025 15:13 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

A declaração final da reunião dos chefes de diplomacias do G7, em Charlevoix no Canadá, afirma o seu "apoio inabalável" à integridade territorial da Ucrânia e ameaçou a Rússia com novas sanções se não apoiar a proposta norte-americana de uma trégua de 30 dias, já aceite por Kyiv mas que encontrou resistências do Kremlin.

 

"Discutimos a imposição de mais custos à Rússia caso tal cessar-fogo não seja acordado, incluindo através de novas sanções, limites aos preços do petróleo, bem como apoio adicional à Ucrânia e outros meios", declaram os ministros do G7 (Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão, mais União Europeia).

Eventuais novas penalizações para Moscovo incluem, adverte o grupo das democracias mais industrializadas do mundo, a utilização de receitas extraordinárias provenientes de ativos soberanos russos congelados.

O G7 apela também para a implementação de "acordos de segurança robustos e fiáveis" a fim de evitar uma nova agressão na Ucrânia, recorrendo a uma expressão que a administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, tem evitado usar.

"Salientamos a necessidade de acordos de segurança robustos e fiáveis para garantir que a Ucrânia possa dissuadir e defender-se contra quaisquer novos atos de agressão", afirmam os ministros, que indicam que vão prosseguir o apoio económico e humanitário a Kyiv para promover uma rápida recuperação e reconstrução do país.

Ao mesmo tempo, pedem "medidas de construção de confiança sob um cessar-fogo", elencando a libertação de prisioneiros de guerra e detidos - tanto militares como civis - e o regresso de crianças ucranianas deportadas para a Rússia, tal como já constava na declaração conjunta alcançada pelas delegações de Kyiv e Washington na reunião na terça-feira na Arábia Saudita que resultou na proposta de trégua.

"Aplaudimos o compromisso da Ucrânia com um cessar-fogo imediato, que é um passo essencial para uma paz abrangente, justa e duradoura, em conformidade com a Carta das Nações Unidas", declaram os chefes de diplomacia, que agora apelam à Rússia para retribuir e concordar com a trégua "em termos de igualdade e implementando-a na íntegra".

A declaração final da reunião no Canadá deixa ainda palavras de condenação ao fornecimento de assistência militar a Moscovo pela Coreia do Norte e pelo Irão, e transferência de armas e componentes de dupla utilização pela China, "um facilitador decisivo da guerra da Rússia e da reconstituição das forças armadas" e deixa novas ameaças implícitas de sanções contra estes países terceiros.

O G7 demonstrou "forte unidade" nas discussões sobre a Ucrânia, observou Mélanie Joly, ministra dos Negócios Estrangeiros do Canadá, anfitriã da reunião, que já indicara estar em redação uma forte declaração final, apesar das fortes tensões entre os países do grupo devido às novas taifas comerciais implementadas por Trump e à sua aproximação às posições de Moscovo sobre o conflito na Ucrânia antes de assinar um acordo com Kyiv.

"A bola está agora no campo da Rússia", disse a chefe da diplomacia de Otava, enquanto o seu homólogo do Reino Unido, David Lammy, reconheceu pontos de discordância entre os países do G7, mas também "muitos outros pontos de convergência".

A Ucrânia foi o tema número um desta reunião multilateral, que decorreu pouco dias depois de Kyiv ter dado luz verde à proposta norte-americana de um cessar-fogo de 30 dias, mais de três anos após a invasão russa.

[Notícia atualizada às 17h13]

Leia Também: Canadá apela ao apoio a Kyiv contra "agressão ilegal" russa

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