"Devido ao agravamento da situação operacional na região e aos constantes bombardeamentos, foi decidido hoje (...) realizar a retirada compulsiva da população de oito localidades" na região ucraniana de Sumy, informou a administração militar no Facebook.
O Exército russo reclamou hoje a reconquista da localidade de Sudja, o principal centro de resistência das tropas ucranianas na região russa de Kursk, parcialmente ocupada por Kiev desde agosto de 2024.
Um comunicado do Ministério da Defesa russo refere que durante as ações ofensivas, as unidades do agrupamento militar de Sever (Norte) retomaram as localidades de Melovoi, Podol e Sudja, a maior controlada pelos ucranianos na região.
O anúncio de Moscovo foi divulgado através das redes sociais um dia depois de o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter realizado uma visita às tropas destacadas em Kursk e ordenado ao Exército a recuperação total da área ainda ocupada pelas forças ucranianas.
Já hoje, o líder do Kremlin indicou que apoia a cessação das ações militares na Ucrânia, desde que leve a uma "paz duradoura", em resposta à proposta de tréguas de 30 dias dos Estados Unidos já aceite por Kiev.
Falando em conferência de imprensa no Kremlin com o seu homólogo bielorrusso e aliado, Alexander Lukashenko, Putin disse que as tropas ucranianas estão cercadas no seu último ponto de apoio em Kursk, sendo necessário determinar antes de um cessar-fogo se irão depor as armas e render-se.
"As tropas russas estão a avançar em praticamente todos os setores da linha de contacto", referiu.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, observou na quarta-feira que as tropas russas estavam "claramente a tentar colocar a máxima pressão" sobre o contingente ucraniano em Kursk.
"Na situação mais difícil, a minha prioridade foi e continua a ser salvar as vidas dos soldados ucranianos. Para este fim, as unidades das forças de defesa, se necessário, manobram para posições mais favoráveis", comentou o comandante do Exército, Oleksandr Syrsky.
Os militares russos reclamam ter recuperado 86% do território ocupado na região.
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