Da zanga à carta com "desculpas": Zelensky quer "relação normal" com EUA

Duas semanas depois de uma discussão na Casa Branca ter 'percorrido' o mundo e ter colocado em causa a democracia, assim como um acordo para a paz na Ucrânia, os presidentes da Ucrânia e EUA parecem estar mais 'próximos', ou, pelo menos, com o mesmo objetivo: o fim da guerra.

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© REUTERS/Brian Snyder

Notícias ao Minuto
14/03/2025 17:25 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, esta sexta-feira, que era necessário trabalhar as relações com Washington, numa altura em que se assinalam duas semanas das altercações que aconteceram entre o próprio e o seu homólogo, Donald Trump.

 

"As relações estreitas com os Estados Unidos são muito importantes para a Ucrânia. Eu represento a Ucrânia como seu presidente. Os Estados Unidos são representados por Donald Trump, como presidente devidamente eleito", começou por dizer, citado pela Agência France-Presse.

"Precisamos de relações normais e funcionais", acrescentou, em declarações aos jornalistas em Kyiv.

Depois de Zelensky 'bater com a porta' da Casa Branca, após um momento tenso com Trump - em que ficou suspensa assinatura de um acordo de minerais raros -, os episódios seguintes foram sanado a situação.

O que se passou?

Foi no último dia de fevereiro, a 28, que Zelensky e Trump se encontraram para assinar um acordo que deveria contribuir para a paz no Leste europeu. Numa discussão acesa, Trump acusou Zelensky de ser ingrato, e depois a conversa escalou.

Na altura, a embaixadora da Ucrânia nos Estados Unidos teve uma reação que se tornou viral, e que poderia representar os dias 'tremidos' que se sentiram de seguida.

A comunidade internacional saiu em defesa de Zelensky. Dias depois, com uma cimeira marcada em Londres, vários líderes internacionais reforçavam este apoio. Esta foi uma altura em que António Costa 'saltou à vista'. Isto porque no dia em que Trump e Zelensky discutiram, o presidente ucraniano foi questionado por que razão não usava um fato. Na cimeira em Londres, Costa, presidente do conselho Europeu, trocou os 'habituais' fatos por uma indumentária mais informal - o que foi interpretado como um sinal de apoio por várias publicações.

Zelensky pediu desculpas ou não?

Logo no dia da altercação, Zelensky apontou, em entrevista à Fox News, que achava que não tinha feito "nada de errado", quando questionado sobre se ia ou não pedir desculpa a Trump.

Após discussão com Trump, Zelensky diz que acha que

Após discussão com Trump, Zelensky diz que acha que "não fez nada errado"

Um momento que estava previsto ser de assinatura de um acordo sobre minerais raros na Ucrânia tornou-se em discórdia entre Donald Trump e Volodymyr Zelensky. Horas mais tarde, o presidente ucraniano numa entrevista no canal Fox News comentou o sucedido.

Notícias ao Minuto com Lusa | 23:32 - 28/02/2025

Dias depois, quando discursou no Congresso, Trump falou de vários temas, entre os quais a Ucrânia, tendo dito que tinha recebido "uma carta importante" de Zelensky, mas sem revelar o conteúdo.

No dia seguinte a Trump discursar, foi anunciado que delegações dos EUA e Washington se iriam reunir em Riade, na Arábia Saudita, de onde resultou um acordo de cessar-fogo, que se espera agora pela 'luz verde' de Putin. Foi durante esse anúncio da iniciação de conversações entre os dois países que se zangaram perante o mundo que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, revelou que terá havido um pedido de desculpas por parte do líder ucraniano.

"[Trump] sentiu que foi um primeiro passo muito positivo. Houve um pedido de desculpa. Houve um reconhecimento de que os Estados Unidos fizeram muito pelo país da Ucrânia, e um sentimento de gratidão", referiu, citado pela BBC.

Acordo fechado entre Washington e Kyiv, desconhece-se agora a posição da Rússia, que esta semana também recebeu o enviado dos EUA. Já esta sexta-feira, Trump disse que "há boas hipóteses" de acabar a guerra e que as conversações entre os dois países têm sido produtivas.

Steve Witkoff chegou à Rússia na quinta-feira, no mesmo dia em que que também o líder bielorrusso, Aleksandr Lukashenko, se encontrava no país.

Já esta sexta-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, explicou que "Putin apoia a posição de Trump sobre o acordo, mas levantou algumas questões que precisam de ser respondidas em conjunto."

Leia Também: Paulo Rangel foi recebido por Volodymyr Zelensky na sua visita a Kyiv

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