As detenções violam alegadamente um acordo de 2022 entre grupos de Chicago e o Governo federal que detalha como os agentes da Alfândega e Fiscalização de Imigração dos EUA podem fazer "prisões colaterais", onde os agentes detêm outras pessoas para além das que estão a ser visadas.
Uma organização não governamental denunciou alegadas violações numa queixa federal apresentada na semana passada em nome de vários grupos de defesa de direitos civis em Chicago.
Esses grupos pedem a libertação de duas pessoas que continuam detidas, sanções contra polícias que as detenham e mais transparência na forma como a agência conduz as suas operações.
A aplicação agressiva da lei da imigração tem sido essencial neste segundo mandato do presidente Donald Trump, particularmente em locais como Chicago, que são frequentemente chamadas de cidades santuários porque limitam a cooperação entre os agentes federais de imigração e a polícia local.
Para enviar uma mensagem, o Governo de Trump reuniu responsáveis da imigração em Chicago, em janeiro, para dar início a uma operação de fiscalização transmitida em direto.
Embora o acordo de 2022 se aplicasse apenas a seis estados, a nova queixa federal pode ter implicações nacionais.
Dos detidos, dois foram deportados, 19 foram libertados sob fiança e um era cidadão norte-americano que foi libertado depois de ter estado algemado durante horas.
A maioria dos denunciados não tem antecedentes criminais, exceto uma pessoa acusada de conduzir sob o efeito do álcool, segundo os advogados.
Doze das detenções ocorreram durante uma operação de imigração realizada a 07 de fevereiro num restaurante mexicano em Liberty, no Missouri, onde agentes armados interrogaram os funcionários durante horas.
A queixa alega que os agentes não tinham causa provável de que os indivíduos fugissem antes que um mandado pudesse ser emitido.
O Governo federal tem até ao início de abril para responder em tribunal por estas questões.
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