"Dois civis foram mortos e 19 outros ficaram feridos em ataques aéreos israelitas nos arredores da cidade de Daraa", afirmou a agência noticiosa síria Sana.
O exército israelita declarou ter visado "centros de comando e instalações militares que contêm armas e veículos pertencentes ao antigo regime sírio".
As forças armadas israelitas estão "atualmente a atacar alvos militares no sul da Síria, incluindo centros de comando e instalações militares que contêm armas e veículos pertencentes ao antigo regime sírio", afirmaram num comunicado.
"A presença de equipamento militar no sul da Síria representa uma ameaça para o Estado de Israel", acrescentou o exército, sublinhando que não "toleraria" e "atuaria contra" esta ameaça.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o ataque teve como alvo instalações militares utilizadas pelo novo Exército sírio, que anteriormente albergavam tropas do ex-presidente deposto, Bashar al-Assad.
Um incêndio deflagrou e ambulâncias precipitaram-se para o local, acrescentou o OSDH, referindo a existência de vítimas.
Israel anunciou, a 13 de março, que tinha realizado um ataque aéreo contra um "centro de comando" do grupo palestiniano Jihad Islâmica em Damasco.
O OSDH indicou que uma pessoa foi morta no ataque, ao passo que a agência Sana noticiou que o ataque tivera como alvo um edifício na capital.
O Exército israelita precisou que esse "centro de comando servia para planear e dirigir atividades terroristas da Jihad Islâmica palestiniana" contra Israel.
Uma fonte da Jihad Islâmica confirmou que um edifício pertencente ao movimento armado tinha sido atingido por aviões israelitas, acrescentando que o ataque tinha feito mortos e feridos.
Ismail Sindawi, representante da Jihad Islâmica na Síria, disse que o edifício visado estava "fechado há cinco anos e que ninguém do movimento lá ia", ao passo que Israel se limitou a enviar uma mensagem, acrescentou, citado pela agência de notícias francesa, AFP.
Desde a queda de Assad, Israel levou a cabo centenas de ataques aéreos na Síria e enviou tropas para uma zona tampão patrulhada pela ONU nos Montes Golã.
Mesmo antes da queda de Assad, e desde o início da guerra civil síria, em 2011, Israel já tinha efetuado centenas de ataques ao país, principalmente contra as forças governamentais e alvos ligados ao Irão.
Leia Também: Comité Internacional da Cruz Vermelha adverte para "paz frágil" na Síria