Putin acusa Exército ucraniano de destruir tudo na retirada de Kursk

O presidente russo, Vladimir Putin, denunciou hoje que o Exército ucraniano está a destruir tudo, na sua retirada da região fronteiriça de Kursk, incluindo igrejas e muito património nacional.

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© Contributor/Getty Images

Lusa
25/03/2025 17:46 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Infelizmente, depois de as nossas tropas, os nossos homens, expulsarem o inimigo dos colonatos, eles destroem alvos industriais e energéticos e centros culturais", disse Putin, durante uma sessão do Conselho Presidencial Russo para a Cultura e a Arte.

 

O presidente russo acrescentou que, mesmo após a retirada, as forças ucranianas "estão a atacar deliberadamente locais de património cultural e centros espirituais" nesta região, que esteve sob controlo militar ucraniano durante quase seis meses.

"Recentemente, os militares informaram-me que [os soldados ucranianos] colocaram várias dezenas de bombas numa das igrejas antes de fugirem da cidade", denunciou Putin, que apelou ao "planeamento antecipado para a reconstrução destes centros culturais".

O presidente russo reconheceu também a possibilidade de o Ministério da Defesa ordenar uma rotação de tropas na frente ucraniana, tendo em conta "as realidades no terreno".

"O Ministério da Defesa está a refletir sobre este assunto. Este é um tema muito delicado que nós, naturalmente, não esqueceremos. Mas basearemos a nossa análise nas realidades que estão a desenvolver-se nas linhas da frente", explicou o Presidente russo num evento em Moscovo, citado pela agência noticiosa TASS.

Putin reconheceu que a substituição das primeiras unidades enviadas para a zona de "operação militar especial" - eufemismo de Moscovo para a invasão da Ucrânia - é uma questão de preocupação para as autoridades, agora que já passaram mais de três anos desde o início da guerra.

Em relação aos cidadãos russos que foram mobilizados para a frente de combate, Putin admitiu que "tornaram-se agora verdadeiros soldados profissionais", no interior de unidades de combate "de pleno direito", que trabalham "como profissionais, ao lado dos seus colegas nas unidades militares profissionais".

Leia Também: Putin? "Não é mau tipo". Presidente russo "rezou" após Trump ser baleado

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